Novo Nissan Juke
Chegou, já foi visto e prepara-se para vencer
Se o modelo anterior não me convencia, apesar do sucesso que teve no mundo e em Portugal – são mais de 14.000 unidades ainda em circulação nas estradas lusitanas – este novo Nissan Juke tem tudo para ser um sucesso. Posso avançar, até, que já me convenceu. Nah, na boa. Eu admito! Se o anterior estava muito ligado àquelas linhas mais arredondadas que a Nissan iniciou com o Qashqai, este novo vai buscar, não só, algumas arestas ao Qashqai actual e ao novo Nissan Micra – também ele um modelo muito apelativo – como, também, algum arrojo ao concept que o imaginou. As linhas arredondadas e os faróis saídos do capot dão lugar, agora, a linhas mais desportivas, mais coupé e mais esguias, apesar de estar ligeiramente maior. Ganha uns centímetros em altura, muito mais espaço no interior – está quase ao nível do Qashqai, por exemplo – uma bagageira líder no segmento e tudo isto enquanto fica 23 quilos mais leve. Tudo aquilo que as mulheres que compram o Juke gostariam, também, de conseguir fazer (eu também, confesso). Está, ainda, mais largo e mais comprido, mas nada que fuja à sua génese de crossover-SUV-compacto-CUV-bué-siglas-é-basicamente-um-familiar-compacto-mais-alto.
A Nissan decidiu ir por dois caminhos para este novo Juke. Design e tecnologia. As duas principais razões de compra para este modelo. Nenhuma delas, na minha opinião, os pontos fortes do anterior. Mas como sempre, a Nissan aprende rápido a lição e, agora, sim senhor, já podem afirmar à boca cheia, que o são. É certo que era um carro que estava meio abandonado no segmento – culpa dele que o criou – e que as outras marcas começaram a acordar só mais tarde para esta fatia muito interessante do mercado. Daí ter tido muito sucesso apesar das falhas. Agora, pegou no errado e fez certo (caramba, quase que parecia o início de um acústico brasileiro). O design está arrojado sem perder o carisma, e a tecnologia está “all over da pleice“. É Nissan Pro Pilot para todos as versões, é Bose Personal Sound para quem quiser o pack, é emparelhamento com Android Auto, Apple Car Play e Google Home, é ligar o smartphone ao carro e fechar, abrir, ligar as luzes, tocar a buzina, planear percursos, tudo! Tecnologia que não falta e tecnologia que o distancia, cá está, da concorrência.
Ao nível da mecânica, para Portugal temos o motor 1 litro, turbo, de três cilindros com 117 cavalos e 180 newtons de binário e a possibilidade de ter uma caixa manual de 6 velocidades ou uma automática de dupla embraiagem de 7. Isto chega para levar pouco acima dos 10 segundos até aos 100 à hora e consumos na casa dos 6 litros. Os níveis de equipamento são os tradicionais da marca e os preços variam entre os 19 mil e pouco e os 28 mil euros, embora a campanha de lançamento abata uns milhares substanciais a estes preços e tenha oferta de 3 anos de manutenção. Nada mau, Nissan. Nada mau, mesmo.