Volkswagen Golf VIII: em equipa que ganha também se mexe, mas pouco
O modelo de maior sucesso da casa alemã chegou à oitava geração. 45 anos depois da primeira, mantém a linha de design, mas com uma grande inovação tecnológica e motores mais eficientes. Será este o melhor Golf de sempre?
À primeira vista vamos todos dizer “mais um Golf”. Mas será que isso é uma coisa má? Vamos a números. 35 milhões de unidades em 45 anos, registo este que o tornou no modelo mais vendido da Volkswagen, ultrapassando o mítico Beetle. Será mesmo necessário uma alteração radical? Acho que não. Mesmo assim, realizaram uma actualização em pequenos detalhes no exterior, como por exemplo, o novo desenho da dianteira e as novas linhas na traseira, nomeadamente, a passagem do “logo” para o centro, abaixo do novo símbolo.
No interior reina a tecnologia e digitalização
Quando se abre a porta e nos sentamos no banco do condutor é que percebemos o que realmente mudou. O tablier surpreende pelo recheio tecnológico bastante convidativo. A surgir por detrás do volante está o painel de instrumentos digital (10,25 polegadas). Logo ao lado, numa configuração de dois ecrãs, idêntico ao do Classe A da Mercedes-Benz, o Golf disponibiliza um novo ecrã táctil de 8,25 polegadas, ou de 10 em opcional, com o sistema de infotainment de última geração. Algo que também se nota é o desenho “clean” com ausência quase total de botões físicos. Deste modo, detalhes como a ligação do ar condicionado passam para o ecrã táctil, uma solução que pode ser adorada ou odiada, é um pouco ao gosto de cada um.
Para os condutores mais jovens, há ainda outro tipo de tecnologias mais evoluídas como o sistema com controlo por voz. A assistente online da Google, a Alexa, vai responder prontamente ao chamamento “Hello Volkswagen”. Quando isto acontece, fica disponível uma panóplia de opções para pedir à “mulher”. Desde a ligação do aquecimento do banco, à mudança da música que queres ouvir. De mencionar também a possibilidade de recorrer a uma chave digital no smartphone para quando se esquece das chaves tradicionais. Ao nível de assistentes à condução, a Volkswagen destaca o Front Assist, o Lane Assist e ainda o Cruise Control adaptativo, todos eles de série.
Versões para todo o tipo de cliente
Se continuas a ser um grande fã de motores Diesel, fica a saber que o Golf VIII continua a oferecer esta possibilidade. No entanto, sai de cena o 1.6 TDI em detrimento do 2.0 TDI com duas potências distintas. A versão mais acessível tem 115 cv e 300 Nm de binário, enquanto a outra chega aos 150 cv e 360 Nm de binário.
Na gasolina, continuam a existir as variantes convencionais 1.0 TSI de 90 e 110 cv e o 1.5 TSI de 130 ou 150 cv. Caso te sintas ligeiramente mais ecológico, tens ainda os mesmos blocos com sistema mild-hybrid de 48 V. Ganham assim mais uma letra na designação, que se torna eTSI. Quanto a potências, o bloco mais pequeno debita 110 cv, enquanto o 1.5 está disponível com 130 ou 150 cv, mediante a variante que preferir.
Uma das soluções que pode surpreender no número de vendas é o GTE. Tendo em conta que os híbridos plug-in estão cada vez mais na moda, este Golf GTE é um “desportivo amigo do ambiente”. Face à anterior geração a potência salta dos 204 cv para os 245 cv. Este valor é igual ao do futuro GTI, enquanto o GTD chega aos 200 cv e o topo de gama R atinge os 333 cavalos. Se estás interessado em adquirir um Golf, ficas a saber que terás à escolha os níveis de equipamento Golf (o mais acessível), Life, Style e R-Line e que chega ao mercado nacional em Março de 2020. Em Junho chegará o GTE e um mês mais tarde o GTI, GTD e R. Será este o melhor Golf de sempre? Só o tempo o dirá.
D.L.