Renault Captur: 10 argumentos para renovar a liderança
#1 Design: a evolução
“Está quase na mesma”. Não, não está. Está fiel ao conceito original e herda algumas das soluções dos restantes modelos da gama da Renault, como o desenho da iluminação dianteira, isso sim. O Captur tem agora muito mais presença em estrada e o grande responsável é o design e não os dois centímetros que ganhou em largura. A linha de cintura mais elevada acentua ainda mais a sua personalidade SUV e os fãs da carroçaria com dois tons podem estar descansados, pois essa opção mantém-se nesta nova geração. No total, são noventa as combinações possíveis.
#2 Habitáculo: a revolução
O Captur deu um grande salto. Enorme, mesmo. Os materiais são agora de qualidade superior e esses estão bem mais presentes no tablier, consola e forros das portas. Aplauda-se ainda a ergonomia e a facilidade de acesso e utilização de todos os comandos. O ambiente tecnológico – já lá vamos – é indiscutível. No entanto, não lhe faltam, por exemplo, soluções simples como os comandos rotativos da climatização. Obrigado, Renault!
#3 Plataforma: a grande novidade que não se vê, mas que se sente
A adopção da plataforma CMF-B beneficiou imenso toda a experiência de condução do Captur. A forma como rola e pisa a estrada é agora bem mais robusta e controlada. A evolução é notória e o compromisso conseguido entre desempenho dinâmico e nível de conforto merece ser destacado. Neste aspecto, é importante referir igualmente a eficácia do isolamento acústico nas longas viagens. Para além disso, a estrutura que serve de base ao Captur vai permitir também a sua electrificação (um pouco mais abaixo).
#4 Versatilidade: agora, ainda melhor
A grande novidade, não é propriamente nova. Mas o facto de o novo Captur manter o banco traseiro deslizante é efectivamente uma grande notícia para quem procura um crossover de segmento B verdadeiramente versátil. Para além dos 27 litros de arrumação espalhados pelo habitáculo – mantém-se igualmente o porta-luvas do tipo gaveta – a bagageira pode atingir uns impressionantes 536 litros de volume. O fundo amovível permite ainda criar um plano de carga ininterrupto que facilita a colocação de objectos pesados.
#5 Infotainment: é fácil e intuitivo
Cada vez mais completos e apelativos, os sistemas de infotainment podem também ser facilmente um motivo de distracção. No entanto, o ecrã de 9,3 polegadas do Captur está colocado numa posição de fácil leitura e utilização e conta com acabamento anti-reflexo. Os menus e botões virtuais estão dispostos de forma intuitiva e o tempo de resposta baixo torna a experiência de utilização muito agradável. É compatível com Android Auto e Apple Car Play, conta com actualizações de cartografia automáticas, indica quais as estradas com mais trânsito e ainda informa o condutor do preço dos combustíveis nas imediações do Captur. Conduzindo em Portugal, esta informação nem sempre é a mais agradável, obviamente.
#6 Segurança: é muita, não é pouca, bastante
No que diz respeito a segurança, é importante começar por referir as cinco estrelas alcançadas pelos pobres Captur que deram a sua vida para salvar outras ao se sujeitarem aos sempre espectaculares e exigentes testes do Euro NCAP. Não lhe faltam os assistentes de manutenção na faixa de rodagem, o cruise control, as câmaras a 360 graus, a travagem autónoma com detecção de peões e ciclistas e o alerta de saída de estacionamento.
#7 Motores: para todos os gostos
Neste ensaio conduzimos o novo Captur com o motor de acesso à gama, o novo 1.0 TCe, a gasolina, com 100 cavalos. Enérgico e silencioso, supera o motor de 0.9 litros que substitui – também de três cilindros – quer em performance, quer em progressividade de entrega da potência. Sem grandes dificuldades, devolvemos o Captur à Renault Portugal com o computador de bordo a marcar 7 litros/100 km de média de consumo. Caso prefiras, há opção bi-fuel, a GPL. Acima, ainda na gasolina, existem duas variantes de potência do motor 1.3 TCe, uma com 130 e outra com 155 cavalos. Do lado dos Diesel, o motor 1.5 Blue dCi pode ter 95 ou 115 cavalos. Ambas as versões do motor 1.3 a gasolina e a mais potente da oferta Diesel podem dispor de caixa de dupla embraiagem.
#8 Gama: completa e recheada
Para além da vasta oferta de motores e das inúmeras opções de personalização, a gama Captur está arrumada em apenas três níveis de equipamento. E digo apenas, mas no bom sentido. Um gama descomplicada e recheada desde o nível de entrada, o Zen. Até estes Captur contam com iluminação LED de série, imagina! No outro extremo, como topo de gama, está disponível o Initiale Paris, mas é o intermédio Exclusive que a Renault vai vender que nem pãezinhos quentes! O “nosso” 1.0 TCe Exclusive tem um preço base de 21 790 €, um valor bem justo para o que oferece em termos de condução, habitabilidade e equipamento. Se te apressares, ainda podes tentar agarrar uma das 50 unidades Edition One, com equipamento adicional e a preço especial de lançamento.
#9 Electrificação: pois claro!
O Captur vai ser um dos pilares da electrificação da Renault. Designado por E-Tech Plug-in, o futuro Captur electrificado é um híbrido de ligar à tomada. Graças à bateria de 9,8 kWh, vais poder conduzir o Captur, sem emissões, durante cerca de 50 quilómetros, ou até mesmo 65, em ambiente citadino. A velocidade máxima em modo eléctrico é de 135 km/h.
#10 Herança: números e estatuto
O novo Captur é um automóvel superior à geração anterior em todos os aspectos. No que dele depender, vai vender imenso. A estratégia da Renault para o prolongamento do sucesso deste nome incontornável dos crossovers urbanos foi bem pensada. Ainda assim, é importante relembrar os números do Captur que abandonou agora os concessionários da Renault e a responsabilidade enorme que esta segunda geração tem pela frente: fechou o ano de 2019, o último da sua carreira, com 7370 unidades vendidas em Portugal. Foram igualmente vendidos cerca de 35 mil Captur desde 2013, o que dá uma média de 14 unidades por dia. Foi sempre líder de segmento desde o seu lançamento, sendo que na altura tinha dois concorrentes e tem neste momento cerca de vinte. Desde 2016 que ocupou um lugar no top 5 nacional e no seu último ano chegou ao pódio. Mas ainda há dúvidas de que vai ser muito difícil a concorrência capturá-lo?
Fotos: Pedro Francisco