A poucas horas para a apresentação do novo Leon, dou-vos o meu top 5 da SEAT.
Desde 1950 que a Sociedad Española de Automóviles de Turismo dá ao mundo alguns dos carros mais emocionantes. Eu sei, parece estranho dizer isto de uma marca que iniciou a produção baseada em modelos FIAT e que, mais recentemente, nos deu carros como o Exeo ou o Alhambra. Mas estes são os únicos que me parece que podemos dizer que “cairam longe da árvore”. Todos os outros são fruto da mais alta auto emoción, aquele que para mim era e será sempre um dos melhores slogans de todos.
Porque, apesar de podermos apontar o dedo em relação a alguns modelos (acontece a todas as marcas, naturalmente), podemos apontar ainda mais para outros modelos que são fantásticos, icónicos e que vão ficar para a história como alguns dos carros mais cool de sempre. Isto, numa altura em que estamos a escassas horas de conhecermos a reformulada coqueluche da casa de Martorell: o novo Leon.
Eis, então, o meu top 5 dos SEAT mais fixes de todos.
Ibiza
Lançado em 1984, o best seller da marca cujos motores e caixa foram uma criação conjunta com a Porsche, precisou de mais 12 anos até aparecer na sua fórmula mais magnífica e que iria revolucionar o mundo para sempre: o Cupra.
Com um motor de 4 cilindros, dois litros e 16 válvulas, com 150 cavalos às 6000 rotações, capaz de uma velocidade máxima de 216 km/h e 8,3 segundos até aos 100. Ajudava o peso reduzido de pouco mais de uma tonelada. Foi, também, um sucesso no rally, com o seu Kit Car de 250 cavalos.
Cordoba “GT”
Este tem e terá sempre um lugar especial para mim. Foi o carro em que aprendi a conduzir e com o qual comecei as minhas aventuras como “encartado”. E foram muitas. Tantas que precisava de uma crónica só para ele. Desde tentar pegá-lo de empurrão e só mais tarde perceber que não tinha gasolina a tentativas de derrapagens em rotundas com o piso molhado que acabavam com o carro de lado e bem mais do que o chão molhado… enfim, foi um verdadeiro companheiro. Mais do que um cão, até. Motor 4 cilindros, 1.4 litros, 16 válvulas com 100 cavalos. Lembro-me que tinha uma caixa e embraiagem fantásticas e que consumia 10 euros aos 100.
Leon
O carro que nos traz aqui. Uma verdadeira lenda. O carro que trouxe à SEAT um modelo do segmento C que já fazia falta e que veio rivalizar taco-a-taco com a concorrência. E é uma concorrência pesada. Não só por ser um segmento tipicamente aguerrido, mas por concorrer, principalmente, com modelos do mesmo grupo empresarial: a VW. É um excelente carro e prova disso é a quantidade de Leon de primeira geração que ainda se vê por essas estradas. Um must, em particular as versões FR e a rara CUPRA R. É, actualmente, o Seat que mais vende. Às 18 horas vamos ficar a conhecer a sua nova iteração, e a antecipação não podia ser maior. Em particular para saber o que vai a marca fazer em relação às alternativas mais verdes e eficientes… e desportivas.
Ronda
O primeiro SEAT fabricado depois de terminada a relação com a FIAT para o licenciamento de modelos e o primeiro a receber o nome de uma localidade espanhola, iniciando, assim, em 1982, uma tradição que perdura e que é parte fundamental da marca, tornando-o, muito possivelmente, no seu carro mais importante. Não só representava um novo ciclo como foi através dele que a marca desenvolveu a sua identidade própria. Uma referência especial para o Ronda Crono, que ainda hoje faria corar de inveja alguns que por aí andam.
Tarraco
O maior Seat de sempre. E também um dos mais giros e imponentes. Eu, pessoalmente, adoro. Tem espaço, 7 lugares, um design que consegue tornar apelativo um SUV com o tamanho que tem e é um futuro claro para a Seat. Os SUV são uma tendência e, já que assim é, que seja uma tendência com qualidade e personalidade. Apesar do slogan atual da marca ser Technology to Enjoy, algo neste carro me transporta para o anterior Auto Emoción. Está a chegar a versão FR com motor Plug-in Hibrid, com 245 cavalos e 50 quilómetros de autonomia 100% elétrica, que irá também partilhar com o Cupra Formentor e, esperemos nós, o novo Leon.
Este é o meu top, mas muitos outros ficaram por escrever. Partilha connosco quais seriam as tuas escolhas.