Geely, o gigante chinês do sector automóvel
Geely, em mandarim, significa “sortudo” ou “auspicioso”, o que faz todo o sentido. Mas se a sorte procura-se, é seguro dizer que são bons a encontrá-la. Nasceu pelas mãos do senhor Li Shufu – um nome que assim de repente pode parecer indicar um pouco aquilo que muita gente pensa dos produtos chineses – no ano de 1986. Começou por fabricar frigoríficos e tecnologia de refrigeração e depois passou para as motas. Começou, assim, o percurso de uma das mais importantes e influentes empresas no sector da mobilidade.
A Geely chegou às bocas do mundo há cerca de 10 anos quando foi anunciado que iriam comprar a Volvo à Ford (actualmente fala-se num possível fusão das duas). Os resultados da marca sueca não estavam a ser os melhores, mas o potencial da marca era enorme. Tanto que, dez anos passados, voltou a ser um sucesso. Tanto pelas vendas, sustentadas em grande parte pelos SUV, como pelos vários prémios que tem vindo a acumular ao longo dos últimos anos. Mas a Geely é mais do que a dona da Volvo. Na verdade, é muito mais. É uma das gigantes do mundo automóvel, ainda que para nós aqui no velho continente não nos diga muito. É normal. Mas quando começamos a espreitar, apercebemo-nos de que, afinal, está bem presente.
A Zhejiang Geely Holding Group é um grupo de empresas de mobilidade e tecnologia que tem no seu portfólio marcas de carros, motas, taxis e aplicações. Deve ter outras coisas, é certo, mas para a mobilidade, estas são as mais importantes. No ano passado venderam mais de 2 milhões de carros! Vou repetir: 2 milhões! Desde os Geely, passando pelos Volvo, Polestar e Lotus, pelos Proton aos conhecidos Taxis de Londres, têm ainda os carros elétricos chineses Geometry e os inovadores Lynk & Co, da Volvo, com a sua abordagem moderna à mobilidade partilhada e tecnologia. Enfim, como podes ver a Geely está muito presente no mercado e, embora não dê nas vistas, está a dar cartas. Têm ainda as motas Qijang, Keeway e Benelli e os aviões-carros (ou carros-aviões, não faço ideia) Terrafugia… ah, e são os maiores accionistas da Daimler, também ela uma empresa com participação em várias marcas, tais como Mercedes-Benz, Tesla, Renault-Nissan, MV Agusta e por aí fora.
Emprega mais de 120 000 trabalhadores, sendo que 20 000 deles dedicam-se apenas à inovação e desenvolvimento. Nada mau para uma empresa bastante nova, hein? O fundador e dono do grupo, o senhor Li Shufu, tem uma fortuna avaliada em mais de 14 mil milhões de dólares, o que dá cerca de “podre de rico” em euros. Fundou a empresa em 1986 com 34 anos e em apenas 30 anos, tornou-a uma das maiores empresas do mundo e, sem dúvida nenhuma, uma das mais influentes no sector da mobilidade. Em 1998 saiu da fábrica o seu primeiro carro: o Haoqing, um pequeno hatchback com um motor 3 cilindros com 1 litro e 53 cavalos. 22 anos depois é uma das empresas mais importantes do sector com uma presença em praticamente todo o lado. Eis a Geely, o gigante chinês dos automóveis.
Foto: Oficiais e internet