Mazda MX-30 tem preço para Portugal… e argumentos
O primeiro Mazda 100% eléctrico já tem preços para Portugal e já é possível encomendá-lo, sendo que as primeiras entregas estão previstas para Setembro. Se começasse assim, este texto perdia algum interesse, certo? Se tiveres interessado num, até tem alguma informação. Juntamos o preço de cerca de 35 mil euros para a “First Edition” (um óptimo equilíbrio de preço/características) e fica assim tudo mais composto. Mas não chega. Ah não chega não! Este Mazda é muito mais do que o primeiro eléctrico da marca e muito mais do que um um crossover. Já sabes que não gosto destes carros, mas de vez em quando aparece um que até me enche as medidas. Há dois ou três no mercado que cumprem estes requisitos… e este MX-30 acabou de entrar para lá. Pelo menos até andar com ele, atenção.
À primeira vista
Assim à primeira vista tem tudo para ser um sucesso. É um pequeno-SUV-crossover-qualquer-coisa, o que significa que agrada muito ao mercado atual. É eléctrico, o que significa que consome quase nada. Tem um design algo futurista mas com boas proporções e assenta numa plataforma que é muito boa.
Ao nível do motor, são 143 cavalos (mais do que a concorrência nesta gama de preços) e 260Nm de binário. Não é muito, é verdade, mas este carro foi pensado para uma utilização urbana. E isso reflete-se na autonomia. Cerca de 200 quilómetros, o que o coloca bem abaixo da concorrência. Mas isso é no papel, porque, na prática, não se percebe a diferença. 30 ou 40 quilómetros diários, com um fim de semana de 100 ou 150 e não vão notar a diferença. Isto tudo com uma bateria mais pequena, eficiente… e ecológica.
Bateria
Tem uma capacidade de 35.5kWh. E isto é o quê? É o tamanho do “depósito”. Significa que, se o carro estiver a consumir 17kWh aos 100 quilómetros, dá para cerca de 200. Quanto mais potente e mais pesado for o carro, mais consome. Quanto menos cuidada for a condução, mais consome. Isto tudo é válido tanto para motores a combustão como eléctricos. A diferença está na bateria. Quanto maior e mais densa, maior é o “depósito”, mas mais poluente é fabricá-la. A produção dos carros polui. É fácil de perceber. Os eléctricos, apesar de não poluírem directamente, necessitam de baterias e de energia. E isso polui. Se a bateria for mais pequena e com uma produção mais cuidada, polui menos. Este Mazda MX-30 tem níveis de poluição comparáveis a um diesel da marca. E isso é fenomenal. Se tivermos em conta o tipo de utilização que damos aos carros, mais de 50% das vezes – e estou a ser simpático – esta autonomia é mais que suficiente.
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Design e tecnologia
Quanto ao design, continuamos a ter o tema kodo em grande força. Traços mais minimalistas, mais complementares e harmoniosos, mas com uma certa pujança. Parece um CX-30 com uma armadura em cima, todo Iron Man. Niiiice! A configuração das portas traseiras suicidas (ou freestyle como diz a Mazda) é curiosa e estranha-se. Pode ser que depois se entranhe.
No interior, temos uma consola flutuante com um touchscreen de 7 polegadas para controlar o aquecimento e a cortiça portuguesa é bastante utilizada, algo que vai apelar ao nosso coração lusitano. Os materiais têm todos esta temática ambiental. São todos de baixo impacto e sustentáveis. Tudo somado e é caso para dizer que assim os eléctricos fazem sentido.
Fotos: Mazda