O segundo Renault Captur tem mesmo tudo para continuar a ser o primeiro
O título já não será novidade para ninguém. Aqui na Garagem já o tínhamos deixado bem claro nos dois encontros que tivemos com esta nova geração. Primeiro durante a apresentação nacional, um pouco depois, no nosso ensaio ao Captur com a motorização 1.0 TCe de 100 cavalos. O novo Captur está recheado de bons argumentos para continuar a ser o preferido do seu segmento e esta motorização que agora conduzimos é só mais um para adicionar à lista.
Assim, para este reencontro com o mais pequeno crossover da Renault, escolhemos o outro motor a gasolina da gama, o 1.3 TCe, aqui na sua versão de 130 cavalos e associado à caixa EDC de sete velocidades. Sem surpresas, gasta um pouco mais que o três cilindros de 100 cavalos, mas considerando a diferença de andamentos e a superior agradabilidade de utilização, até conseguimos esquecer o litro e picos que este vermelhinho gastou a mais que o dourado do nosso primeiro ensaio.
Atenção: o 1.0 TCe é motor mais do que suficiente para o Captur. Anda bem, gasta pouco e é bem mais progressivo e disponível do que o “velhinho” 0,9 TCe que substitui. Mas se procuras um pouco mais para o teu Captur, então estes 130 cavalos são ideais para ti. Já tinha tido oportunidade de experimentar este 1.3 noutros Renault e inclusivamente noutros modelos de outras marcas. Não conheço tudo, mas do que conheço, é claramente o motor a gasolina nesta gama de cilindrada e potência que mais me agrada.
Suave, silencioso, disponível e enérgico. São vários os adjectivos que lhe assentam que nem uma luva e só não coloco económico na lista porque na maioria do tempo que com ele passei não me consegui conter. É um motor que convida a explorar um pouco mais o chassis do Captur, outro aspecto em que, relativamente à primeira geração, as mudanças são como “da noite para o dia”. Como está diferente o Captur. Bem mais robusto e dinâmico, sem perder nadinha do seu carácter aventureiro e descontraído.
Até no look a Renault parece ter acertado em cheio com uma evolução na medida certa, aproximando-o, por exemplo, do novo Clio e do Megane. Durante os dias que com ele passei, só tive feedback positivo das pessoas com quem me cruzei. Quer dos fãs da primeira geração, a quem as mudanças agradaram, quer daqueles a quem o primeiro Captur nunca cativou. O patinho feio é agora “giríssimo”, “muito nice!” ou até: “caramba, agora sim!”. Passando ao habitáculo, aqui a evolução foi bem mais notória. Melhores materiais, mais tecnologia e equipamento, mais espaço e versatilidade.
O motor 1.0 TCe, de acesso à gama, bem como os Diesel dCi de eficiência mais do que comprovada, continuam a ser uma excelente aposta. Para quem a electrificação é o caminho, também vai haver um Captur para ti, um híbrido plug-in com 160 cavalos e uma autonomia zero emissões que pode chegar a 65 quilómetros. Mas se queres dar gás no teu Captur sem ser na versão Bi-Fuel, este 1.3 TCe é uma autêntica “hidden gem” na gama da segunda geração do Captur, o novo (ou o mesmo) dono disto tudo.