Hyundai Tucson N-Line: uma aposta certa num SUV certo
O novo Hyundai Tucson levou o tratamento N-Line e ficou ainda melhor.
O Tucson foi lançado em 2004. Depois, em 2009, “mudou” de nome para ix35 – embora no mercado americano tenha mantido o nome por ser uma homenagem à cidade de Tucson, no Arizona – e em 2015 voltou novamente com o nome original e como um novo modelo. O ix35, embora nunca o tenha conduzido, parecia um SUV competente. Tinha o tamanho que se pede a um carro deste segmento ainda que não mostrasse ser útil no offroad. Para isso existia a primeira versão. Essa, sim, tinha uma orientação mais todo-o-terreno. Este novo Tucson, especialmente depois do restyle de 2018, está como deve ser. Tem tamanho, design, proporção e, na configuração certa, todo-o-terreno o suficiente.
Motor e Equipamento
O modelo ensaiado foi, provavelmente, o melhor de todos. E não tem a ver com o motor. Era o 1.6 CRDi, a gasóleo, com 136 cavalos e 320Nm de binário, com uma caixa automática de 7 velocidades de dupla embraiagem. Nada mau, mesmo. Tem força suficiente e consegue atingir andamentos mais rápidos sem dificuldade. A nível do consumo, não lhe dei oportunidade de andar fora de cidade mas fiz médias entre os 8 e os 8,3 litros/100km. Com um pouco de autoestrada e fora de cidade facilmente conseguimos baixar para os 6/6,2 litros. A marca anunica 5,8 litros/100km para um ciclo WLTP, o que até me parece alcançável, com um andamento mais regrado e inteligente.
Digo que este modelo é o melhor porque é a versão N-Line. Ora, a Hyundai decidiu que devia estender a opção de apimentar o carro através da N-Line ao Tucson. Acho muito bem. Passa a ser possível, agora, ter o i30 ou o Tucson com um tratamento estético mais radical e, confesso, interessante. Se a versão normal já é atraente, este “kit” N torna-a ainda mais. Não é muita coisa, mas faz a diferença. Pára-choques dianteiro e traseiro, jantes de 19 polegadas – na minha opinião a parte menos interessante do conjunto -, capas dos espelhos retrovisores em preto e, no interior, manípulo da caixa na versão N, bancos com costura a vermelho e tapetes N-Line. Fica a faltar a pièce de résistence, que é o volante N, que é magnífico. O Tucson traz o normal, com uma costura a vermelho. No dia em que fui entregar o carro à marca vi um em cinza escuro metalizado e posso dizer que mete respeito. Tem presença e faz-nos olhar duas vezes.
Uma opção a ter em conta
O sistema de infoentretenimento não é o mais avançado mas é responsivo e fácil de usar e o som das colunas é bastante bom. O conforto é agradável e acredito que ficasse ainda mais se houvesse uma opção de jantes de 18 polegadas, por exemplo. A suspensão e o comportamento do carro são o que seria de esperar de um SUV, embora este N-Line seja bastante bom para o dia-a-dia. Não é suposto andar a fazer curvas num carro destes, por isso, ainda assim, até surpreende. A caixa tem dois modos. Um Normal, que é… bem, normal; e outro Sport, que acelera a resposta do acelerador e deixa o motor rodar mais antes de fazer a passagem de caixa. É um modo interessante, mas que sacrifica o consumo. Este carro é uma óptima escolha para quem quer um SUV competente, com muito equipamento, cheio de estilo sem ser gritante e que cumpre aquilo que promete por cerca de 43 mil euros. Esta versão N-Line também está disponível com o mesmo motor, mas sem sistema híbrido e menos potente, por menos cerca de 6 mil euros e no motor 1.6 a gasolina de 132 cavalos por 32 mil euros, uma opção que, pelo preço, é a mais atractiva se os quilómetros que fores fazer não pedirem um diesel.
Fotos: Garagem/Oficiais