Lexus UX250h. O crossover premium futurista e arrojado… para os mais clássicos
Se olhares para ele ficas com a impressão de que veio do futuro. Se te sentares nele, percebes que o conforto e a condução são verdadeiramente bons. Se começares a reparar nos pormenores percebes que se tens mais de 25 anos este carro não é para ti (ou é?).
O Lexus UX250h tem tudo para ser um verdadeiro sucesso dentro do segmento: design arrojado e futurista, motor híbrido fantástico, confortável até dizer chega, conduz-se muito bem e tem um interior muito bem desenhado e cheio de qualidade. Só que também tem duas ou três coisas que acusam, claramente, o seu público-alvo. Vamos começar já por aí para tirarmos isto de cima de nós. Já ninguém quer um leitor de CD, a não ser que, lá está, sejas o público-alvo deste carro e gostes de ouvir as tuas colecções do concertos de Natal do André Rieu. Usar um ecrã que não é touchscreen através de um tapete com o dedo (por muito engraçado que seja) já não se usa, a não ser, lá está, que sejas o publico-alvo deste carro e tenhas sido um dos primeiros a comprar os portáteis PowerBook da Apple em 94. O relógio analógico ainda vá que não vá, porque até dá uma certa elegância e, se fores o público-alvo deste carro, pode dar-se o caso de te teres esquecido do relógio de algibeira em casa. E pronto, é tudo. Tirando isto, o Lexus Ux250h é um carro premium cheio de estilo e capacidades mais do que suficientes para liderar o segmento e um apelo brutal para os jovens como eu e tu.
Honestamente
Eu não gosto destas três coisas que apontei, mas a verdade é que adoro o carro. Está mesmo equilibrado. Tudo em dose certa. O interior está muito bem desenhado e proporcional. Tem um ar moderno e quase ficção científica. Muito confortável e com uma óptima posição de condução – que fica melhor se optares pelos bancos eléctricos para regulares milimetricamente o assento – e a própria condução é feita de forma suave, sem nenhum esforço mas também sem ser leve demais. Assim que entrei foi a primeira coisa em que reparei. “Epá, este carro é mesmo confortável!”. E gosto muito do design interior. Mesmo! Espetar este interior – com os devidos reparos às características que já falei em cima – num novo CT e pronto, sucesso garantido. O exterior, apesar de não ser fã de SUV nem crossover, está fixe. Futurista, com um equilíbrio entre fluidez e as arestas típicas da Lexus. Agressivo, sem deixar de aparentar uma certa calma. É a tal abordagem nipónica ao design que tanto agrada aos europeus. Se conseguissem transitar parte deste design para um familiar compacto normal era excelente, até porque o CT já está a precisar de uma renovação. O carro é bom e sempre foi, mas já acusa a idade.
Motor e dinâmica
O motor híbrido de 2 litros Dynamic Force da Toyota é aquilo que provavelmente já sabes. Bom. Muito bom. Consegues fazer consumos na ordem dos 5,1 litros/100 km como eu fiz (ou até menos) se conduzires com calma – como pede um carro destes – e se pisares um pouco o pedal prepara-te para andar nos 7 litros. Mas a vantagem deste híbrido “auto-carregável” é a possibilidade – que é cada vez melhor com cada iteração que passa deste motor – de usar o modo puramente eléctrico em cidade a até uma certa velocidade. Sempre que o cérebro do carro acha que deve, desliga o motor térmico e fica só o eléctrico. Carrega nas descidas e com o andamento normal do carro, o que significa que vais ter sempre bateria para aumentares a eficiência do motor. Quando ligas o carro, os primeiros quilómetros são eléctricos. Tudo isto, num motor 2 litros de 180 cavalos de potência combinada que consegue consumos mais baixos em cidade do que em autoestrada.
Ao nível das prestações demora 8,7 segundos no sprint até aos 100 km/h e dá pouco menos de 180 km/h de velocidade máxima. Mas como este carro não é para isto, esquece estes números. Este carro é para levar 4 pessoas com muito conforto e qualidade em viagens muito eficientes por essas estradas fora sem te preocupares com carregar as baterias e para andar na cidade a consumir muito pouco combustível e em modo eléctrico durante muito tempo. Dá jeito para manter a calma nas manhãs, sem barulho do motor ou da caixa CVT e para uma ou outra volta mais curta ao ginásio ou supermercado. Os preços são a partir de 43 mil euros e vão até aos 61 mil dependendo do equipamento. O motor, o conforto e a qualidade, esses, são sempre os mesmos.
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Fotos: Garagem