6 desportivos compactos que a SEAT destaca dos seus 70 anos de história
Aqui na Garagem já fizemos vários artigos sobre o 70º aniversário da SEAT, mas como 2020 ainda não terminou, estamos ainda em período de celebrações e por isso, cá vai mais um. Segundo a SEAT, o conceito de desportivo tem vindo a evoluir ao longo do tempo, sendo disso bons exemplos estes seis modelos da sua história que têm em comum essa veia mais dinâmica e emocional, mas cujas semelhanças se ficam por aí. As configurações mecânicas, bem como os formatos de carroçaria não podiam ser mais diferentes.
850 Coupé
A década de 1960, em Espanha, ficou marcada pelo impacto que o pequeno 600 teve na sociedade, mobilizando-a. Mas ele tinha igualmente um irmão maior, o também, na verdade, pequeno, 850. Este teve, algum tempo depois, direito a uma versão Coupé que partilhava com o 600 vários componentes, bem como a configuração “tudo atrás”, com motor colocado sobre o eixo traseiro e tracção da responsabilidade das rodas traseiras. O 850 Coupé custava mais 30% do que a versão normal mas para além do design distinto, está equipado com um carburador duplo e o motor conta com uma taxa de compressão mais elevada, passando a potência para os 47 cavalos às 6200 rpm. Este foi o primeiro SEAT a dispor de travões de disco dianteiros, um bom argumento na hora de o abrandar, pois já atingia os 140 km/h. Em 1969, o 850 Coupé passou a contar com o icónico motor de 903 cm3 e a potência subiu assim aos 52 cavalos.
1200 Sport
Este é o primeiro modelo a ser lançado após a criação do novo Centro Técnico da SEAT. Foi o primeiro modelo de design exclusivo da SEAT. Estávamos em 1975. O desenho é da responsabilidade de Aldo Sessano e a carroçaria do 1200 Sport era fabricada nas instalações da Inducar. Destacou-se igualmente no aspecto técnico, pois utiliza o motor do 124 colocado em posição transversal e não longitudinal como na berlina. Foi originalmente lançado com o motor 1.2 litros de 67 cavalos. Um ano depois chega a versão 1430 com 77 cavalos. O seu grande destaque é a dianteira negra, em poliuretano, que lhe valeu a alcunha “Bocanegra”. Foi produzido até 1979, depois de 19 322 unidades, sendo que um terço foram 1200 Sport.
Fura Crono
Em 1981 surge o Fura, um modelo com origens no mítico 127. Não foi preciso nem um ano de mercado para que a SEAT apostasse numa versão mais desportiva, o Fura Crono. Tal como o Bocanegra, também o Fura Crono utiliza uma frente predominantemente negra. O motor, tal como no seu antecessor, é o de 1438 cm3 aqui com 75 cavalos. Uma vez que o seu peso é de apenas 760 quilogramas, o Fura Crono destacou-se pela rapidez e agilidade, e também pelo conforto de utilização em autoestrada devido à caixa de 5 velocidades. O Fura teve até direito a um campeonato próprio, em circuito, durante três épocas.
Ibiza SXi
A primeira geração do Ibiza juntou nomes como Giugiaro, Porsche e Karmann e foi a responsável pela transição da era FIAT para a da Volkswagen, conduzindo a SEAT ao futuro e permitindo-lhe, também, dar início às exportações. Num modelo de tamanha importância não podia faltar também uma versão desportiva, o SXi. Este destacou-se por utilizar o motor System Porsche 1.5 litros já utilizado na gama, mas aqui equipado com injecção electrónica de combustível levando a potência de 85 para 100 cavalos. O sistema de travagem cruzado passou a contar, no eixo dianteiro, com discos ventilados. Por fora, saltam à vista as molduras das cavas das rodas, os faróis de nevoeiro, os ailerons e as jantes de desenho inconfundível.
Ibiza GTi
O Ibiza cresceu com a chegada da segunda geração, também ela assinada por Giugiaro, embora aqui as linhas rectas e angulares tenham dado lugar a superfícies curvas e aerodinâmicas. A versão GTI nunca se quis destacar muito das restantes, mas escondia debaixo do capot um motor 2.0 litros de 115 cavalos. Graças à nova plataforma, o Ibiza GTi marcou o segmento pelo seu comportamento dinâmico muito eficaz, competência que a SEAT também colocou à prova ao inscrevê-lo em campeonatos de ralis nacionais, vertente que evoluiria para a sua participação no Campeonato Mundial de Ralis, onde foi campeão três vezes seguidas.
Ibiza FR
A designação FR surgiu na terceira geração do Ibiza e desde então tem estado associada às versões mais desportivas dos modelos da SEAT. O actual Ibiza Formula Racing destaca-se pela imagem assumidamente desportiva, com jantes que podem chegar às 18 polegadas, e ainda pela suspensão com afinação específica. O motor 1.0 TSI de 115 cavalos permite o acesso à gama desportiva, mas está também disponível um 1.5 TSI com 150 cavalos. Maior e mais pesado, é certo, mas mais do triplo da potência do 850 Coupé com que iniciámos este texto.