Bugatti clássicos batem recordes em 2020
Não é novidade nenhuma que os Bugatti são dos carros mais impressionantes e cobiçados do mundo. Basta olhar para os modelos mais recentes e respectivos preços para perceber; e o facto de esgotarem sempre. Mas isso não é um fenómeno exclusivo dos modelos actuais. Os Bugatti clássicos continuam a bater recordes mesmo durante a pandemia.
Nunca os 5 modelos mais caros vendidos num leilão foram da mesma marca. Pois, isso aconteceu em 2020, nos leilões da Bonhams e da Gooding & Company. Os magníficos exemplares foram vendidos por um valor total de 40,521 milhões de dólares. A licitação mais alta foi para o Bugatti Type 59 Sports de 1934. 12,681 milhões de dólares que deram ao seu feliz contemplado a propriedade deste incrível carro que se tornou o Bugatti mais caro de sempre vendido em leilão. Pedigree não lhe falta. Foi criado como carro de corrida para a equipa de fábrica da Bugatti para os grandes prémios e chegou mesmo a vencer o Grande Prémio de Spa e ficou em terceiro do Grande Prémio do Mónaco.
Depois do sucesso nas corridas, a fábrica converteu-o num carro desportivo para a estrada e foi comprado pelo rei Leopoldo da Bélgica em 1937. Mantém-se no seu estado original e sem restauro. Tem um motor de 8 cilindros em linha, de 3.3 litros, com compressor, e 250 cavalos de potência. Algumas versões deste motor chegavam aos 380. Em 1934!
Os restantes carros são igualmente impressionantes. Um Bugatti Type 57S Atalante de 1937 foi o segundo mais caro, com um valor de 10,44 milhões de dólares. É um dos, apenas, 17 carros nos quais Jean Bugatti colocou a carroçaria Atalante. Tem um motor turbo de 8 cilindros em linha com 3.3 litros e 175 cavalos.
Por 7,1 milhões, o terceiro carro mais caro foi um Bugatti Type 55 Super Sport Roadster de 1932 dos quais só foram fabricados 14, 11 dos quais ainda existem. Pertenceu ao terceiro barão de Rothschild, que o comprou novo e manteve durante décadas. Em 1985 foi comprado por Dean S. Edmonds Jr. por 440 mil libras, tornando-o no carro mais caro vendido na Grã-Bretanha à época.
O Bugatti Type 35C de 1928, também fabricado para correr nos grandes prémios, foi leiloado por 5,23 milhões. Tem um motor de 8 cilindros em linha de 2 litros com compressor, capaz de 125 cavalos e mais de 200 km/h há mais de 90 anos atrás! Por último, mas não mais barato, um Bugatti Type 55 Super Sport de 1931 foi vendido por 5 milhões de dólares. Mais impressionante que o preço é o facto deste carro ter corrido nas 24 horas de Le Mans como carro de corrida de fábrica em 1932. O motor é um 8 cilindros em linha, 2.3 litors, turbo, com 160 cavalos.
Mais impressionante do que os valores que alguns destes clássicos atingem é a história que têm. São verdadeiras máquinas do tempo para os amantes do mundo automóvel, da história, das corridas e da arte. Hoje, em 2021, tal como há quase 100 anos, têm uma energia e um visual que impressiona até o menos interessado pelo assunto. Olhamos para eles e quase que conseguimos ver as pessoas à sua volta, os pilotos a conduzi-los, os carros a rasgar pela linha da meta. Há coisas que o dinheiro não compra. Mas depois há estas.
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