Volkswagen Golf: Há 13 anos consecutivos o favorito da Velha Europa
Pois é… goste-se ou não, o Volkswagen Golf mantém-se rei e senhor na Europa, tendo alcançado em 2020, pelo 13º ano consecutivo, a posição de mais vendido neste Velho Continente. Mais, também alcança esse estatuto pela 22ª vez, nos últimos 38 anos, lutando com todas as suas forças contra as vicissitudes de um mercado em plena transformação, preparando-se – quiçá – para, um dia, qual avô fofinho, cansado do peso dos anos, poder passar o testemunho a outro descendente da marca, o irrequieto neto eléctrico ID.3!
Modelo originalmente lançado em 1974 e, presentemente, na sua 8ª geração, o velhinho Golf (ainda) está aí para as curvas, ainda que com bem menos fulgor do que nos seus good old days, pois no ano passado vendeu menos 30,7% do que em 2019, matriculando umas meras 285.000 unidades. Ainda assim deu para bater em cerca de 33.000 veículos a prestação do novo Renault Clio, modelo que, por sua vez, suplantou o igualmente gaulês Peugeot 208 na luta pelo 2º lugar.
A um passo do pódio dos mais vendidos do ano na Europa ficaram o Opel Corsa e um (algo) surpreendente Skoda Octavia. Pela negativa, há a registar a brutal queda do outrora best-seller Ford Fiesta, modelo que foi apenas o 15º modelo mais vendido de 2020, quando um ano antes havia sido o 4º mais procurado pelos consumidores europeus!
… e de novo a VW, como marca e como grupo industrial
Por marcas foi, também, a Volkswagen quem dominou o mercado, com 1.346.999 unidades vendidas na Europa, seguindo-se semelhante tendência, já que se impôs aos volumes da Renault (819.019 matrículas) e da Peugeot (741.498). Nos grupos industriais, o Grupo VW (3,040,030 veículos) bateu o Grupo PSA (1.718.656), em vésperas desta última assumir a sua quota-parte na Stellantis, novo gigante da indústria automóvel, nascido em Janeiro de 2021, decorrente da fusão com os italo-americanos do Grupo FCA. Já a aliança Renault/Nissan/Mitsubishi, que sofreu as amarguras de um potencial desmembramento, entretanto não confirmado, terminou 2020 no lugar mais baixo deste pódio, com um bolo de 1.621.638 novas matrículas.
Por mercados, já se sabe, Portugal foi dos que mais caiu em 2020, um trambolhão de 35% em volume, ainda assim menos do que os da Croácia (-42.8%) e Bulgária (-36.8%). No lado oposto, os que menos danos de vendas sofreram com os efeitos da pandemia foram a Noruega (-0.7%) Dinamarca (-12.2%) e Lituânia (-12.9%), isto dentro do grupo dos principais mercados europeus, que abrange 26 países da UE (faltam os dados de Malta), o seu desertor Reino Unido e mais 3 países da EFTA que não fazem parte da EU (Islândia, Noruega e Suíça), que, como um todo, recuou 24,3% face aos mesmos 12 meses de 2019, para 11.961.182 unidades, registando o volume mais diminuto desde o ano de 1993.
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Fotos: Oficiais