WRC 1997-2021: Os 24 protagonistas da Era #4 do WRC (1ª parte)
Como referimos no 1º capítulo deste dossier “WRC – 1997/2021”, são 24 as propostas que, nas diferentes 25 temporadas em que vigorou a categoria “WRC” se envolveram no escalão maior do automobilismo de estrada, carros de ralis homologados de acordo com as regras em vigor, pelos 12 construtores que nelas participaram. Foram modelos de competição que sofreram diferentes evoluções ao longo das suas vidas úteis, em especial as derivadas pelas duas renovações de regras de 2011 e 2017 e que incidiram nas mecânicas, na aerodinâmica e na indispensável e capital segurança.
Por ordem alfabética e entre as marcas mais assíduas, comecemos pela Citroën, que inscreveu o Xsara WRC de 2001 a 2006, seguindo-se o C4 WRC (2007 a 2010) e, depois, o DS3 WRC (2011 a 2016), viaturas que, no seu conjunto, somaram 8 títulos de Construtores. Entre outros nomes, levaram consigo até ao estrelato – ou terá sido ao contrário?! – um tal de Sébastien Loeb, que deu à marca do double chevron nada menos do que 9 ceptros de Pilotos… consecutivos! Seguiu-se o C3 WRC, estreado em 2017 e usado em 3 temporadas até que a marca deixou o escalão máximo da disciplina, altura em que até já estaria a desenvolver a homologação seguinte, unidade que, entre outras utilizações, tem sido agora usada pela Pirelli para a avaliação das novas borrachas usadas no WRC 2021.
Segue-se a Ford, símbolo que remonta à própria criação do Mundial de Ralis e que tem estado nesta fase do WRC representada pela estrutura da M-Sport. Ao original Escort WRC inscrito logo em 1997 e evoluído para ‘98, seguiram-se as diferentes gerações do Focus RS WRC, com 10 evoluções entre 1999 e 2010, sendo que apenas duas garantiram os únicos ceptros com a chancela WRC. Em 2011 a agulha virou para o Fiesta RS WRC (até 2016), a que se seguiu o actual Fiesta WRC, modelo com homologação 2017 e que tem sido usado e evoluído desde então. Com ele, a M-Sport/Ford discute este ano – ou pelo menos tenta – aqueles que são os últimos títulos com a chancela “WRC”, para os tentar juntar aos alcançados em 2017 (Pilotos e Construtores) e em 2018 (Pilotos).
Bem mais recente é a participação da Hyundai, que começou nestas andanças com o pacato Accent WRC (2000 a 2003), para depois se dedicar mais a sério à temática, primeiramente desenvolvendo o i20 WRC, usado de 2014 a 2016, a que se seguiu o i20 Coupe WRC, entretanto evoluído para a actual homologação 2017, com o qual tenta – será que vais ser desta?! – adicionar um título de Pilotos aos 2 de Construtores que já alcançou (2019 e 2020).
Segue-se a Mitsubishi, marca japonesa que entrou na Era WRC ainda com os Lancer Evolution IV e V de Grupo A, fazendo ainda bastante estrago entre os novos pretendentes, sagrando-se Campeã de Construtores em 1998 e de Pilotos de 1997 a 1999. Só que depois o poderio da concorrência começava a despontar, levando-a a começar a perder terreno, pelo que teve de arregaçar as mangas e desenvolver o seu primeiro carro da categoria WRC, o Lancer Evolution WRC – uma espécie de Grupo A Plus – usado de 2001 a 2003. Só em 2004 apareceria um Lancer WRC criado de raiz, usado um mísero ano, até à saída oficial da marca do mundo dos ralis.
E apenas com as 4 marcas acima, ultrapassamos a primeira metade da lista destes fantásticos modelos de homologação “WRC”, ficando os restantes exemplares para o próximo episódio deste dossier “WRC 1997-2021”, dedicado aos 25 anos desta categoria!
Fotos: Oficiais: WRC / AIFA-Jorge Cunha / Citroën Racing / Ford M-Sport / Hyundai Motorsport / Mitsubishi Ralliart