XC40 T2. Conduzimos o Volvo mais barato do mercado. Quase…
Ao olharmos para um Volvo XC40 é fácil perceber por que razão é um dos modelos de maior sucesso da marca sueca. E depois de o conduzirmos, e de passarmos alguns dias com ele, fica claro o porquê de ter sido eleito Carro do Ano em 2018. É, sem dúvida, um dos melhores e mais apreciados SUV da actualidade e esta motorização T2, a gasolina, representa o acesso à sua gama, estando disponível a partir de 35 140 €. É por isso o Volvo mais barato que podes comprar.
O mais barato, antes de te perderes na lista de opcionais e no conforto da caixa automática que equipam este “AD78FQ” do parque de imprensa da Volvo. Esta última tem um custo adicional de 2 046 € e é uma grande aliada da condução fácil com que o XC40 se deixa levar. Já os extras deste XC40 Momentum Plus contribuem com 4 900 € adicionais, colocando o preço final ligeiramente acima dos 46 000 €. Posto isto, não lhe faltam, por exemplo, elementos como o tecto panorâmico, os bancos eléctricos e o sistema de som da Harman/Kardon.
Outros números
Mas deixando, por agora, os preços de parte, foquemo-nos nos números do motor de três cilindros, um 1.5 litros turbo, com 129 cavalos e 245 Nm. Estes permitem-lhe acelerar de 0 a 100 km/h em 10,9 segundos, um valor que não se traduz em rapidez, mas que é adequado a um carro familiar e confortável como o XC40. A velocidade máxima é de 180 km/h, como em qualquer outro Volvo. Não chega? Chega sim.
O pequeno T2 – o motor, não a música – é surpreendentemente silencioso até às 2500 rpm, mal se dando por ele quando rolamos tranquilamente a uma velocidade constante. A boa insonorização e um conforto de rolamento de referência dão, também, uma grande ajuda nesse aspecto. É um motor que dá tudo o que tem para dar até que se atinjam, sensivelmente, as 4500 rpm. Daí para cima, não só o seu som se torna desconfortável para o ouvido, como o seu pulmão já acabou, não valendo a pena forçá-lo a ir acima desses regimes.
Se não saíres da cidade, não há milagres. Apesar de ser um motor disponível a partir de baixas rotações, não revelando qualquer esforço para mover o pesado XC40 a ritmos normais, não deixa de ser um pequeno 1.5 litros a puxar um robusto SUV com quase 1 600 kg de peso e isso reflecte-se nos consumos, entre os 8 e os 8,5 l/100 km. Também nas ultrapassagens será necessária alguma atenção, pois as recuperações são, uma vez mais, as adequadas a uma utilização tranquila.
Em tudo o resto, é um XC40 como outros. Na minha opinião, um dos mais bonitos SUV do mercado, por fora e por dentro, com uma construção sólida, com a tão apreciada imagem premium, robusta, mas também elegante, muito própria dos Volvo actuais. Por dentro, como já referido, o conforto habitual, proporcionado não só pela suspensão, bem como pelos bancos. Uma experiência de condução incrivelmente suave e relaxante, de que se pode desfrutar em pleno.
Atrás, apesar de ser o membro mais pequeno da família SUV XC da Volvo, há bastante espaço livre para as pernas e cabeça, lamentando-se apenas que o assento não seja um pouco mais comprido, suportando melhor as pernas. As janelas são, efectivamente, pequenas para os mais pequenos e as portas traseiras, mais largas em cima do que em baixo, requerem alguma atenção ao abrir para não nos baterem no peito. É esse o preço a pagar por um design tão distinto. Já a bagageira tem 460 litros de volume e o piso esconde, imagine-se, uma roda suplente! Tack så mycket, Volvo!
Segue-nos no Instagram
T2 ou T3? Eis a questão
Comprar um T2, nos tempos que correm, seja um apartamento ou um XC40, é o sonho de muita gente. E se um T2 chega, um T3 será sempre melhor, seja móvel ou imóvel. Por isso, e deixando de parte, de vez, a analogia fácil com o mundo do imobiliário, se não puderes investir mais 2 460 € no motor T3, ficas bem servido com estes 129 cavalos. Mas se puderes dar o salto para o motor acima, 163 cavalos e 265 Nm de binário são sempre números mais apelativos. E mais um quarto pode vir a dar jeito. Agora é que acabou. Juro.