Hyundai i30 N-Line – Tudo aqui faz sentido
O novo Hyundai i30, na versão N-Line é, para mim, o melhor carro do segmento. Tem tudo! Visual, comportamento, conforto e relação qualidade-preço. Imbatível. Mas isto tem razão de ser, claro. Não estou para aqui só a mandar Vou contar.
O Hyundai i30 já é nosso conhecido, tanto nas versões normais, como na versão N-Line e na espectacular N. Mas isso não significa que deixa de surpreender. Nada disso. A versão N – magnífica – já é mais do que conhecida (clica aqui para ver o nosso ensaio). É super equilibrada, mesmo para um carro que é suposto ser um desportivo para “comer” curvas. Consegue ser um familiar composto se for necessário.
Já a versão N-Line, é o contrário. É um familiar compacto muito bom e consegue ser quase-desportivo se for preciso. A versão que testámos tinha o motor 1 litro, turbo, com 120 cavalos a gasolina. Não é a mesma coisa que o anterior 1.4 litros, turbo, de 140 cavalos – que dava uma sensação mais robusta e encorpada – mas tem genica. A disponibilidade do motor é suave e não sacode muito em andamentos calmos. Nos andamentos mais rápidos chega a ser divertido. Há uns semáforos perto da minha casa, numa rotunda, e num destes dias estava na linha da frente e para sair dali para fora rapidamente, bastou pressionar o acelerador de forma progressiva e o motor respondeu muito bem. Nada de falhas de potências ou de hesitação.
As passagens de caixa – manual de 6 – são um pouco leves demais, digamos. Dá a sensação que o binário deste motor é tão ligeiro que fica ali um pouco aliviada. Pede mais, entendes? Naturalmente não é uma caixa desportiva mas nesta versão N-Line tem a manete igual à do N o que lhe dá uma sensação muito melhor do que a de origem. Quanto a consumos, fora de cidade andou em valores na ordem dos 5,5 litros/100 km e em cidade subiu para os 6,2. Com calma és capaz de andar entre estes valores, o que é óptimo.
O que traz a mais
Em relação à versão normal, esta N-Line traz os pára-choques mais desportivos, a manete da caixa e o volante do N – que é absurdamente bom, não tens noção – e os bancos desportivos que, dentro do segmento, devem ser os melhores. Pedais em alumínio, dupla ponteira de escape e está feito. Contas feitas, esta brincadeira mais estética – mas que até ajuda ao comportamento, especialmente o volante e os bancos – custa 3.000€. E valem muito a pena, acredita. Tenho pena que a Hyundai não tenha feito assim uma reprogramação na electrónica para dar mais uns 30 cavalinhos, algo que também já tinha dito da versão anterior de 140 cavalos. Uma versão destas merecia.
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Não pelos 3 mil euros. O valor, apesar de tudo, até compensa. Mas o equipamento pede mais um pouco de potência. E o chassis aguentava muito bem. As jantes de 17 polegadas são mais do que suficientes para aguentar as curvas e a suspensão, ainda que sem nenhuma afinação especial, é boa. É muito confortável para o dia a dia e aguenta uma brincadeira ou outra mais dinâmica. Mas ficava muito bem mais uns 30 cavalinhos. Pronto, uns 20, vá.
O que não traz
Quase nada. Traz Android Auto e Apple Car Play, navegação, chave inteligente, câmara e sensores de estacionamento traseiros, muitos sistemas de segurança e, na verdade, não lhe falta nada. Quer dizer, para ser perfeito era ter os bancos eléctricos com memória, o volante aquecido e o tecto de abrir. Mas isso já são frescuras minhas, esquece lá isso. Por 22.000€, preço de campanha com financiamento, está que sabe a mel. E depois é giro o carro. Está cheio de pinta, é super confortável e conduz-se muito bem.
Por isso é que digo que é o melhor do segmento. A qualidade geral é bastante boa e uma proposta igual mas de segmento premium, por exemplo, custa mais 10 mil euros. E não ficas mais bem servido. Ficas muito bem servido, obviamente. Mas nunca 10 mil euros mais bem servido.