Novo Skoda ENYAQ iV: espaço, estilo e consciência
Estivemos na apresentação nacional do primeiro 100% eléctrico da Skoda, o ENYAQ iV, e o que a marca propõe é um carro com estilo, adaptado às necessidades do quotidiano e consciente.
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Eléctrico, claro!
É incontornável, e todas as marcas lá irão parar. Mas o argumento não é só o de ajudar o planeta – e, por inerência, a espécie humana – e não poluir. Esse já não é de agora e mais do que no sector automóvel, é necessário que se estenda a todos os sectores da economia e sociedade.
Os argumentos apresentados são – como é apanágio da Skoda – muito focados no consumidor/utilizador. E é assim que todos os carros deviam ser. Todos os carros deviam ter em mente o facto de não serem assim tanto uma necessidade ou algo prático e serem, na verdade, um capricho. Claro que há quem precise de carro para se deslocar e os veículos comerciais e de transporte são importantes. Mas só esses. Se formos honestos, ter carro é supérfluo. Dá jeito? Epá, dá. E é aqui que entra o meu argumento.
Necessário, somente o necessário…
… o extraordinário é demais, já dizia o Balu n’O Livro da Selva. E, depois desta referência metida assim à bruta, volto à argumentação. Se um carro é suposto transportar pessoas, então que o faça da melhor forma possível. Seja ao nível do espaço e habitabilidade, seja ao nível da mecânica e eficiência, seja ao nível da praticidade e, já agora, do design que também é muito importante.
Se podemos fazer carros eficientes, que os façamos. Se podemos fazer carros que ajudam os ocupantes, então que os façamos. E se os conseguirmos fazer interessantes, então, por favor, que os façamos. E o novo Skoda ENYAQ iV cumpre todos esses pontos. Sim, é um SUV estilo crossover – ou crossover estilo SUV, não faço ideia – e eu não sou particular fã destas tipologias, mas pelo menos faz jus a essa designação.
585 litros de bagageira que podem ir até aos 1710 com os bancos rebatidos. Espaço para arrumação em todo o lado e com bons volumes, desde os quase 5 litros nos compartimentos da porta que permitem acomodar garrafas de litro e meio, os 9 litros de porta-luvas, aos 6 no apoio do braço, passando pelo compartimento do lado esquerdo do volante que dá para coisas mais pequenas mas que é prático e tudo isto sem sacrificar estilo e proporção.
Continuando…
O carro é giro. E se, por fora, é como diz o outro e a beauty está no olho do beholder, por dentro não há margem para dúvida. É muito, mas muito bom. Super harmonioso, não há nada que pareça fora do sítio, os materiais são óptimos e amigos do ambiente, as maçanetas das portas parecem obras de arte, o volante é o melhor que eu já experimentei (tanto no desenho como na pega) e o enorme ecrã de 13 polegadas para o infoentretenimento, apesar de muito grande, fica ali que parece manteiga.
A Skoda está com uns interiores incríveis! E da tecnologia podemos esperar também coisas boas. Nesse aspecto, as marcas do grupo Volkswagen estão bem acauteladas. Podes esperar tudo ao nível da segurança – e alguns sistemas podem ser ajustados quando à autonomia – e na parte de entretenimento também.
Vamos, agora, aos motores, que é o que vocês querem. Mas não fiquem super empolgados, que isto das potências só chega mais lá para o próximo ano com as versões RS, Coupé e RS Coupé. Por agora contentam-se com motores de 148, 180 ou 204 cavalos e, digo-vos, vão muito bem servidos. Para que é que se quer centenas e centenas de cavalos com tração integral quando 99% das vezes vamos é querer andar na boa. Mais! Se o carro é eléctrico porque é mais eficiente e económico para a carteira e para o ambiente, porque raio queremos contrariar isso com mil cavalos e um consumo absurdo? Sim, ter a potência não significa que a tenhamos de utilizar… mas também não vamos ser naive (ou ingénuos, em português) a ponto de achar que vamos ter 600 cavalos debaixo do pé e não os usar.
E com isso esgotamos as baterias num ápice. Baterias, essas, que foram desenvolvidas para nos dar autonomia tanto ao nível de distâncias percorridas como ao nível da vida no geral. Não andar sempre a pensar nos carregamentos. Neste campo, a Skoda deu ao ENYAQ iV três opções de bateria. 50 kW, 60 ou 80. A primeira tem uma autonomia estimada de 355 km, a segunda de 413 km e a última de 537.
Qual é a mais adequada para ti? Depende da utilização que lhe vás dar e dos quilómetros que percorras por semana, mas entre a 60 e a 80, face ao diferencial de preço final de 6.500€ mais ou menos, eu ia para a 80. Se preferires menos autonomia e um preço mais barato, com um custo a partir de 35.000€ compras a versão de 355 km. Não dá para carregamento rápido em corrente alternada, mas permite carregamento super-rápido em corrente contínua. Mas isso não é um problema se carregares em casa, por exemplo, ou num posto de 7 kWh.
Em breve vamos trazer o ENYAQ iV aqui à Garagem e, nessa altura, vamos poder falar do carro mais em pormenor e dar-te a nossa opinião com base numa utilização mais prolongada. Assim à primeira vista, gosto muito.