Novo Mitsubishi Eclipse Cross: melhorado e quase eléctrico
Fomos à apresentação nacional do novo Mitsubishi Eclipse Cross na Quinta de Sant’Ana, em Mafra, ver o design melhorado e uma tecnologia híbrida muito boa.
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É novo?
Bem, mais ou menos. Por fora está mais fresco, embora seja o mesmo. Mas o design está, agora, mais funcional. Atrás já não temos o vidro dividido, e à frente os faróis estão mais rasgados num pára-choques redesenhado com menos cromado. A iluminação está, também, modernizada, bem como as novas jantes de 18 polegadas.
Por dentro está praticamente igual, embora o sistema de infoentretenimento com ecrã de 8 polegadas tenha sido actualizado e está bastante rápido. Os materiais estão dentro do normal, a montagem é boa e, espanta-te, tem botões! Apesar da posição de condução ser alta, é bastante confortável e o carro, no seu todo, conduz-se muito bem.
Então o que é novo?
A motorização. Embora o 1.5 litros a gasolina ainda se venda – no design anterior – o foco vai todo para a nova motorização híbrida recarregável com 55 quilómetros de autonomia em cidade. Fora dela, é de esperar um pouco menos. Mas o melhor nem é o facto de ser híbrido recarregável. É a tecnologia que usa.
São muitos anos a testar tecnologia. Mais de 50! A Mitsubishi foi a primeira a comercializar um veículo 100% eléctrico produzido em série, o i-MIEV, em 2009. E foram, também, pioneiros a transportar a tecnologia híbrida recarregável para o mercado dos SUV, com o Outlander, que continua a ser um sucesso, com mais de 300.000 unidades em circulação.
Ora, isto, aliado, também, ao know-how desportivo dos sistemas de tracção integral, culmina neste sistema PHEV. Dois motores eléctricos, um em cada eixo, com 60 kW de potência à frente e 70 atrás. A bateria é de 13,8 kWh e carrega, no limite, 80% em 25 minutos com carregamento rápido. Em carregamento normal, varia entre 7 a 4 horas para os 100%, dependendo da intensidade da corrente eléctrica.
Até aqui tudo normal
A diferença é que este Eclipse Cross PHEV funciona por defeito como um eléctrico com gerador eléctrico. O motor a combustão, de 4 cilindros e 2,4 litros – sendo o seu calcanhar de Aquiles para o mercado português – só entra em funcionamento acima de 135 km/h, quando a bateria precisa de carga (embora tenha uma reserva mínima) e como gerador, não como força motriz, ou quando precisamos de mais potência. A potência combinada é de 202 cavalos. Não tem caixa de velocidades, funcionando através de uma embraiagem que liga ou desliga a conexão ao eixo dianteiro. Funciona, mais ou menos, com a relação de uma 5ª numa caixa tradicional. Cá está: é para carregar ou, no limite, para dar uma ajuda extra. O motor eléctrico traseiro está permanentemente em funcionamento.
Deste primeiro contacto, gostei da maneira como o carro se conduz. Sensato, suave, sem percebermos das mudanças nestes vários modos e passou-me uma sensação de robustez. Já se encontra à venda, com um preço para particulares de 46.728€ em campanha e de 32.990€ para empresas, sem IVA. A única versão disponível é a “eMOTION” que traz bastante equipamento, desde faróis LED, câmara traseira, sensores de estacionamento à frente e atrás, Head Up Display, todos os sistemas de segurança actuais, ar-condicionado automático bi-zona, bancos em pele sintética e Alcantara e aquecidos. Parece-me uma óptima solução para quem procura um SUV com um sistema híbrido recarregável bastante avançado, que anuncia consumos combinados de 2 l/100 km e que serve para praticamente todas as situações.