E passar a usar este acessório que todos os carros têm?
Não se chateiem comigo, mas vou ter de voltar a insistir neste assunto: o código da estrada. Mas será que é assim tão difícil lembrarmo-nos de uma ou duas coisas que são importantes? Epá, já não digo saber de cor os pesos e taras permitidos para veículos pesados de passageiros ou as velocidades máximas permitidas para diferentes tipos de reboques (não faço ideia nem de um nem de outro) mas há certas coisas que nunca nos podemos esquecer. Aquelas que são importantes para o dia-a-dia.
Usar os piscas em todas as mudanças de direcção, na entrada e saída das rotundas, andar o mais à direita possível, antecipar as passadeiras e adaptar a velocidade ao local e condições do piso. O “beábá”, entendem? Mas há outras regras que, não sendo tão usuais, também têm de estar frescas na nossa cabeça. Uma delas deixa-me passado – dentro dos limites, naturalmente – e eu até sou simpático a “dar o toque” aos condutores nessas situações. Usem a p#*ta do triângulo, pá! Desculpem, exaltei-me ligeiramente.
Mas é verdade! Porque raio os condutores, quando os carros avariam – pode acontecer a todos, isto não é o problema – não fazem o que diz o código? Se conseguirem, encostem o veículo o mais à direita possível, vistam o colete reflector, saiam do veículo e coloquem o triângulo sinalizador de perigo a uma distância nunca inferior a 30 metros! Depois é só sair da estrada para ficarem em segurança. Nem era preciso ser uma regra. É bom senso. “Epá, tenho o carro avariado na via, deixa-me lá arranjar maneira de avisar os restantes condutores para facilitar o trânsito”. 30 metros! Isto dá, vá, 30 passos mais ou menos. Porque não há pior coisa do que estar a andar no trânsito (às vezes a andar até vais mais rápido), o carro da frente mete o pisca, muda de via, e nós deparamo-nos com um carro avariado a dois metros de nós. Quer dizer, haver há. Dar-te uma cãibra na virilha e por pouco não pisar o acelerador a fundo, é pior. Mas se isso acontecer e causar um acidente, pelo menos metam o triângulo!
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Mas será que custa colocar o triângulo? Pergunto! A malta pensa que aquilo é o quê? Um esquadro? Um bumerangue? “Ah, olha, o carro veio com um bumerangue. Quando formos à praia já podemos brincar”. Ou então aquela malta – como eu já vi – que mete o triângulo dentro do carro em cima da chapeleira. Mas vocês pensam que são o quê? Uma montra? Mais valia metê-lo dentro do… porta luvas. Faz o mesmo efeito.
Bom, era só um desabafo. Não se esqueçam de usar o triângulo porque, parecendo que não, ajuda imenso a fazer fluir o trânsito e a evitar que se formem filas tão complicadas. Tenham cuidado, conduzam em segurança e eu volto para a semana, se entretanto não me der uma cãibra na virilha.