Volvo Amazon celebra 65 anos

O emblemático Volvo Amazon prepara-se para celebrar o seu 65º aniversário, no seguimento da sua apresentação em Örebro, na Suécia, em Setembro de 1956. Revelado na carroçaria de quatro portas, distinguia-se pelo seu design elegante, assumidamente inspirado nas escolas italiana, britânica e americana. As suas linhas são da autoria de Jan Wilsgaard, designer que colaborou, igualmente, no desenvolvimento das séries 140, 240, 700 e 800.

Porquê Amazon?

O novo Amazon, nome inspirado na mitologia grega, foi, naquela altura, o segundo automóvel produzido pela marca no período pós-guerra, tendo surgido após o PV444. No entanto, a designação Amazon não foi autorizada em alguns mercados devido ao modelo Amazone da marca de motos alemã Kreidler. Por essa razão, um acordo foi feito para que o nome Amazon do novo Volvo se aplicasse apenas nos mercados nórdicos, passando a usar a designação 121 – ou 122 no caso da versão desportiva – no resto do mundo. O formato carrinha usou os nomes 221 e 222. Apesar de tudo, Amazon “pegou” a nível global.

Gama variada

De 1957 a 1959, a Volvo disponibilizava o Amazon em combinações de duas cores. Era possível escolher entre preto, azul ou vermelho, tons combinados com o tecto cinzento ou, em alternativa, cinzento a contrastar com tecto preto. A partir de 1959 passou a ser possível comprar o Amazon com pintura de um tom apenas e dois anos depois saíram de cena as carroçarias com duas cores.

No ano de 1958 surgiu o Amazon Sport, com motor de 85 cavalos, em resposta aos clientes que procuravam uma performance superior e no ano seguinte deu-se uma das mais importantes evoluções registadas na história do mundo automóvel: a introdução do cinto de segurança de três pontos. Uma tecnologia desenvolvida pela Volvo, estima-se que, até ao momento, seja responsável pela protecção de mais de 1 milhão de vidas.

Em 1962 é introduzida a versão carrinha, um formato de carroçaria mais versátil, e cinco anos depois, em 1967, chega ao mercado o mais desportivo dos Amazon, o 123 GT, com 115 cavalos, uma motorização que partilhava com o 1800S. Em 1966 é introduzida a nova série de modelos 140, mas o Amazon continuaria em produção e receberia o novo motor B20 na sua gama em 1969.

Desde 1956 a 1970, foram produzidss 667.791 unidades do Amazon, assumindo-se, na época, como o modelo de maior sucesso da marca, permitindo ao símbolo sueco marcar a sua presença em mercados internacionais, uma vez que cerca de 60% dos Amazon produzidos foram exportados. O Amazon ficará, igualmente, na história, por ser o primeiro Volvo a ser produzido fora da Suécia, mais concretamente, em Halifax, no Canadá. A produção do outro lado do Atlântico teve início em 1963 e os carros destinavam-se ao mercado norte-americano.

Mais tarde, existiu, ainda, uma linha de produção em Durban, na África do Sul, mas o maior investimento foi feito na cidade de Gent, na Bélgica, localizada no Espaço Económico Europeu, ao contrário do território sueco. Em 1965, a fábrica belga abriu as portas com uma produção anual de 14.000 automóveis. No dia 3 de Julho de 1970, saiu da linha de produção o último exemplar do Amazon, azul escuro, desta vez na Suécia, em Torslanda. Esta unidade foi directamente para a colecção da marca e é, actualmente, parte integrante do Museu da Volvo.