Nissan Z: a receita perfeita que não vamos experimentar
Num mundo automóvel cada vez mais digital e frio, começam a ser raras as propostas plenamente focadas na emoção e nas sensações, pensadas para os condutores que usam o seu automóvel porque gostam e não tanto porque precisam. Para uma grande parte deles, a receita é simples: design desportivo, potência adequada, caixa manual e tracção traseira. Actualmente, são poucas as propostas disponíveis que respeitam estes princípios e as raras que vão sendo lançadas, já não têm direito ao seu espaço no nosso parque automóvel.
A mais recente vítima da perseguição ao automóvel desportivo e emocional é o fantástico Nissan Z, um desportivo com uma herança riquíssima, que cumpre com todos os requisitos acima descritos, mas que não respeita a etiqueta ecológica global exigida aos fabricantes. Por essa razão, não o vamos ter na Europa, o que me deixa verdadeiramente triste, pois não preciso sequer de o conduzir para ter a certeza de que é genial.
Para além disso, dessa combinação mecânica quase perfeita, parece um Datsun 240Z dos tempos modernos, o que, a nível estético, não podia ser melhor. Compacto, com uma frente alongada, parece rápido mesmo quando está parado. E consegue-o sem exageros visuais e excessivos detalhes. Puro, simples e muito bem conseguido. Já debaixo do capot está um motor 3 litros que produz 405 cavalos graças aos dois turbos que a Nissan lhe “aparafusou”. Termina assim, para nós, ainda antes de começar, a continuidade da história do “Z”, iniciada há mais de 50 anos pelo modelo em que este novo se inspira. O novo Nissan Z tem tudo para ser brilhante, mas vai brilhar noutras zonas do planeta.