Opel Rekord D prepara-se para celebrar meio século de vida
O Opel Rekord D fez a sua estreia no mercado em Janeiro de 1972, assumindo a difícil tarefa de substituir o seu antecessor cujo impressionante registo de produção atingiu 1,2 milhões de unidades, o equivalente a um oitavo de todos os automóveis produzidos pela Opel ao longo de 70 anos. Exteriormente, o novo Rekord destacava-se pelo design assumidamente europeu, ao contrário do seu antecessor, cuja inspiração nos seus irmãos norte-americanos era evidente. Nas palavras da marca, “linhas claras, superfícies lisas e janelas grandes, assim como uma linha de cintura baixa”, seriam as responsáveis pelo seu estilo inconfundível.
Assim como o Rekord C, a nova geração estava disponível em três formatos de carroçaria: berlina clássica, com duas ou quatro portas, um coupé desportivo e a mais versátil carrinha Caravan, em configurações de três ou cinco portas. Esta última podia também ser encomendada em versão comercial, com três portas, sem vidros traseiros. Também no campo da segurança, o então novo Rekord estabeleceu novos padrões, principalmente no que diz respeito à segurança passiva, através de reforços nos painéis laterais e tejadilho, bem como com zonas de deformação que protegiam os ocupantes no caso de uma colisão frontal.
Os seus motores a gasolina foram desenvolvidos com base nos propulsores existentes, de tecnologia já comprovada, com árvore de cames à cabeça, cuja produção excedia já dois milhões de unidades à altura do lançamento da nova geração. À motorização base, 1.7 litros com 66 cavalos, seguiu-se a versão S com 83 cavalos, bem como o motor 1.9 litros com 97 cavalos. Ainda no campo dos propulsores, o Rekord D foi, igualmente, o primeiro modelo de passageiros da marca de Rüsselsheim a adoptar uma motorização Diesel, com 60 cavalos, lançada em Setembro de 1972. O Opel Rekord com motor a gasóleo atingia uma velocidade máxima de 135 km/h e prometia uma média de consumo de 8,7 litros/100 km.
Commodore
Mais tarde, em Março de 1972, a introdução do Commodore B eleva a gama a um patamar superior. O Commodore B partilhava as linhas da carroçaria com o Rekord, mas contava com um equipamento de nível superior e estava exclusivamente disponível com motores de seis cilindros. Depois do Commodore S, com motor 2.5 litros de 115 cavalos, surgiu a versão GS com 130 cavalos e mais tarde o GS com motor 2.8 litros equipado com carburador duplo para assim atingir uma potência de 142 cavalos. O topo de gama GS/E chegaria em Setembro de 1972, já com injecção electrónica de combustível e 160 cavalos de potência. Este foi, aliás, o veículo utilizado por Walter Röhrl na sua estreia em competição, no Rally de Monte Carlo de 1973.
Em Setembro de 1976, é produzida a unidade “1 milhão”, uma berlina de cor dourada. Para assinalar a marca histórica (novamente atingida) foi lançada no mercado uma edição limitada designada por “Millionare” com motor de dois litros e 100 cavalos. Aquando do lançamento da última geração Rekord, em setembro de 1977, tinham sido produzidas, em Rüsselsheim, 1.128.196 unidades do Rekord D e 140.827 do Commodore.