Hyundai Tucson HEV: um híbrido descomplicado para uma vida descomplicada
O título não engana. O Hyundai Tucson híbrido é um daqueles casos em que mais é mais. Mais potência, mais autonomia e mais espaço. Tudo para quem precisa de um SUV económico, interessante e descomplicado.
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Começo por dizer, correndo o risco de me repetir, que só senti falta de uma coisa: o volante aquecido. Mas isso Até porque, de resto, tem tudo. Bancos em pele, sistema de som de alta fidelidade KRELL, sistema de infoentretenimento, navegação, integração com smartphone e carregador sem fios para este, câmara traseira, banco do condutor com regulação eléctrica e muito espaço.
Encontro de amigos
É a segunda vez que testo este Hyundai Tucson na versão híbrida e é, também, a segunda vez que digo o que disse da primeira vez: bem jogado, Hyundai. Se, da primeira vez, fiquei a conhecê-lo, desta segunda fiquei a admirá-lo. Nem todas as marcas conseguem fazer um carro de uma forma tão boa. Com qualidade, com um design moderno e apelativo (as pessoas parecem gostar e ficam espantadas com aquela assinatura luminosa na frente) com muito equipamento, um consumo muito bom e um preço muito competitivo.
São 43.000€ para esta versão Vanguard ou 40.000€ para a versão de entrada Premium que deixa de ter o banco do condutor eléctrico, o sistema de som KRELL, a chave inteligente, os bancos em pele… enfim, uma versão um pouco menos equipada mas igualmente competente. Se queres poupar 3.000 euros mas, ainda assim, ter um carro muito competente, espaçoso e confortável, então força. Já por mais mil e pouco euros podes ter o tecto de abrir.
Híbrido, claro!
A Hyundai está a apostar nos carros eléctricos, mas não deixa, por isso, de dar atenção aos híbridos. O Tucson é prova disso. O motor 1.6 litros a gasolina, turbo, de 180 cavalos liga-se a um eléctrico de cerca de 60 para totalizar 230 cavalos de potência e um binário de 350 Nm. Suficientes, não para grandes prestações, mas para fazer deslizar os 1540 kg de peso com uma facilidade e conforto incríveis. Parte do seu sucesso é o peso reduzido. Os híbridos recarregáveis pecam pelo peso extra das baterias maiores, ao passo que com este híbrido mais leve se conseguem consumos médios na ordem dos 5,9 litros /100 km. No primeiro encontro que tivemos consegui 5,8. Nada mau. Isto para uma condução mista mas com um pouco mais de cidade, onde ele utiliza bastante o motor eléctrico se formos leves no acelerador.
Mas aquilo que eu diria que é a sua mais valia – para além do bom consumo, claro, sem ser preciso grande esforço – é a qualidade e o conforto, tanto dos materiais como da condução. O carro conduz-se de forma fácil, em controlo, sem pensar muito. Parece uma segunda pele. A posição de condução é mais alta, naturalmente, mas não é alta, vertical, como noutros carros. É quase como um casulo. O volante tem um bom toque e a direcção é suave e precisa q.b.. Como se quer num carro que não nos deve distrair da nossa vida, mas, antes, facilitá-la. O desenho do interior ajuda nesta sensação de leveza. Se o exterior tem elementos mais vincados, digamos, o interior prima pela fluidez.
A porta da bagageira é automática e, lá dentro, 616 litros sem os bancos rebatidos. Espaço mais do que suficientes para tudo aquilo que se quiser transportar. A qualidade dos materiais é boa, com um bom toque e boa construção, também nas portas. O único reparo que posso fazer é para os puxadores exteriores. Tudo robusto, mas podiam ter colocado um pouco mais de borracha e enchimento para não sentirmos aquele bater que parece que vai à chapa. Aquele som oco. Já o bater das portas é suave, bem isolado e abafado.
Resumindo
Se estão a pensar comprar um SUV com pretensões familiares, um design muito bom, que aguente umas boas poças de lama, com uma motorização eficiente e comedida nos consumos, com qualidade e boa tecnologia, vão fazer um test-drive a este Hyundai Tucson HEV. Vão ver que ficam surpreendidos. Pelo preço, dificilmente vão encontrar melhor opção.