Honda Jazz: edição especial celebra os 20 anos do compacto japonês
Testámos a edição especial do 20º aniversário do compacto Honda Jazz e impressionou. Primeiro, a tecnologia híbrida torna-o muitíssimo eficiente. Depois, a longevidade do modelo prova que o mercado o quer.
As opiniões dividem-se
Mas eu, cá, gosto! O design não é, de todo, consensual, mas isso nunca foi uma coisa má. Gostos não se discutem – embora se possam criticar – mas no que muitos vêm um carro todo futurista e quase alienígena, com um design demasiado “fora”, eu vejo um carro que se destaca sem parecer fora de contexto e cujo design mostra ao que vem: eficiente e tecnológico.
E, neste ponto, podes criticar o quanto quiseres, mas os factos não se alteram. O motor híbrido de 1.5 litros fez um consumo final, quase sempre em cidade, de 4,6 l/100 km. E até podia ser menos, eu é que não andei preocupado com isso. O que atesta, com toda a certeza, a capacidade tecnológica e eficiência deste motor. Podes conduzi-lo sem preocupações que o consumo nunca vai ser excessivo.
Para isto, utiliza um motor a gasolina com 1.5 litros e uma caixa CVT ligada às rodas dianteiras. Mas a magia acontece devido ao motor eléctrico, cheio de potência e inteligência, que decide como e quando deve fazer o quê. Carrega-se a ele próprio, sabe quando deve andar em modo eléctrico ou não (em cidade anda quase sempre) e tudo isto ajuda a torná-lo eficiente. A potência combinada é de 109 cavalos, com o motor eléctrico a dar grande parte deste valor.
Design e conforto
Não tem o design desportivo ou mais consensual de alguns dos seus concorrentes – nem o comportamente, diga-se de passagem – mas tem outras vantagens. Primeiro, destaca-se sem chamar muito à atenção. Quando a chamava, senti sempre que era no bom sentido. Ora de surpresa, ora de curiosidade. Um bom equilíbrio, diria. Depois, embora o comportamento dinâmico não seja de louvar, também não é para isso que se quer este Honda Jazz Hybrid. Quer-se para ser um compacto versátil que nunca nos vai falhar, seja em que ponto for. Autonomia, espaço e conforto estão assegurados. Os bancos traseiros “mágicos” da Honda ajudam nesta tarefa, embora o chão não seja totalmente plano, com o túnel central ligeiramente protuberante. A bagageira é bastante boa para o segmento e tem, ainda, um alçapão que dá jeito.
Quanto ao conforto, é preciso dar valor onde ele está. Cá para mim, este é o ponto mais importante deste novo Honda Jazz. Este carro foi feito para se conduzir com uma facilidade tremenda e nunca atrapalhar em nada. Seja no acesso ao carro, seja na visibilidade – que é incrível, com vidros grandes à volta do carro todo e aquele formato estilo mini-van, que neste caso seria mini mini-van – seja no infoentretenimento ou na direcção, tudo foi pensado para que nunca se coloque em causa o carro.
Interior e tecnologia
O interior faz lembrar o Honda e. Arejado, espaçoso e tecnológico. Não tem a mesma quantidade de ecrãs, mas o que tem é bem grande e eficiente. Bastante personalizável e intuitivo, com um botão para o volume e o sistema de ar condicionado também com botões e, espanta-te, “rodinhas”. Que maravilha. Valha-nos os japoneses que ainda sabem fazer as coisas.
Tem, também, bancos e volante aquecidos e bastante espaço para arrumação. Os bancos são em tecido, a lembrar uns bons sofás, e todos os materiais são de boa qualidade e com uma excelente montagem. Ao nível da segurança e tecnologia não lhe falta praticamente nada. Desde os sensores e radares de proximidade, ajudas à condução, passando pelos faróis LED ao emparelhamento com o smartphone.
Edição 20 anos
Ainda não testei a versão normal, mas pelo que posso ver pela lista de equipamento, varia, apenas, na cor especial em duplo tom e nos crachás comemorativos em comparação com a versão Executive que custa 30.250€, praticamente o mesmo que esta versão especial limitada. A versão Elegance custa 27.750€. A Honda tem uma campanha para esta edição especial que oferece a pintura, reduzindo o preço em 600€. Para além disto, oferece ainda a garantia de 7 anos sem limite de quilómetros. Pode não ser um preço incrível, mas para um carro com esta garantia, características e tecnologia, é bem provável que só voltes a precisar de o trocar quando a marca celebrar os 40 anos do Jazz.