Volkswagen Multivan: Todo novo, mas com o espírito de sempre
Totalmente novo. É assim o Volkswagen Multivan, a mais recente interpretação de um versátil conceito com mais de 70 anos de vida na história da marca alemã. Assente sobre a plataforma MQB, o novo Multivan aposta na inevitável electrificação dos seus propulsores, bem como numa polivalência de utilização praticamente imbatível. Um veículo familiar que pode ser facilmente transformado para transportar objectos volumosos, com forte dotação de equipamento, com destaque para os mais de 20 assistentes de condução, e também capaz de circular sem quaisquer emissões de escape durante cerca de 50 quilómetros graças à sua tecnologia híbrida plug-in, versão que tivemos já oportunidade de conduzir por ocasião da sua apresentação nacional.
O trajecto foi curto, mas longo o suficiente para constatar algo que, a meu ver, poderá fazer toda a diferença perante os potenciais compradores de uma proposta familiar e versátil como o Multivan: o formato é enganador. E digo enganador, mas no bom sentido, e por dois motivos. A partir do exterior, desde logo, porque as suas grandes dimensões – quase cinco metros de comprimento na versão curta, embora não pareça – não assustam. E ao volante, também, porque estas não se fazem sentir. Talvez seja essa uma das grandes vantagens do facto do Multivan ter sido desenvolvido, apenas, como um veículo de passageiros, um verdadeiro MPV.
Assim, o maior elogio que posso fazer ao Multivan é exactamente esse, a facilidade com que se deixa levar, o facto de se conduzir como um mais ligeiro Polo ou como um mais compacto Golf. Isto, ao mesmo tempo que oferece espaço e versatilidade com que um utilitário ou compacto pode apenas sonhar. A Volkswagen aponta, e bem, o Multivan às famílias numerosas, inclusivamente àquelas que “despacharam” o seu monovolume e se decidiram por um modelo do segmento SUV de 7 lugares, mas que pretendem agora regressar a uma proposta que promete responder as essas necessidades de uma forma muito mais eficaz. Algo que agradará, igualmente, às famílias que gostam de viajar, é o forte argumento do Multivan pagar Classe 1 nas portagens nacionais quando equipado com Via Verde.
Quanto a motorizações, a aposta passa por propulsores híbridos plug-in, motores a gasolina – 1.5 TSI com 136 cavalos e 220 Nm e 2.0 TSI com 204 cavalos e 320 Nm – bem como pelo Diesel TDI de 150 cavalos, propulsor que se juntará, mais tarde, à gama. Para já, e como referido acima, conduzimos a versão e-Hybrid que junta um motor a gasolina sobrealimentado a um eléctrico, com uma potência total de 218 cavalos. A autonomia eléctrica declarada é de cerca de 50 quilómetros e a autonomia combinada máxima é de 700 quilómetros. O trajecto curto que fizemos não só não deu para retirar impressões mais detalhadas de condução, como também não nos permitiu aferir, com rigor, consumos reais, mas a verdade é que em modo híbrido, percorremos cerca de 50 sinuosos quilómetros com uma média final de 5 lt/100 km. De referir ainda que todos os propulsores estão associados a caixas automáticas.
Quanto a níveis de equipamento, estão disponíveis três: Multivan, Life e Style. No entanto, na fase de lançamento, a Volkswagen propõe a série especial Energetic, destacando a sua apetecível relação preço/equipamento. A versão longa, mantém a distância entre eixos, mas adiciona 20 centímetros ao comprimento total por um preço que é cerca de 1.400 euros superior, considerando versões equivalentes. Em breve, na Garagem, um ensaio mais detalhado ao substituto do Sharan, com design inspirado no mítico Pão de Forma, já distinguido pelo prémio “Red Dot: Best of the Best”.
Preços
Life
- 1.5 TSI – 50 051 euros
- 2.0 TSI – 56 129 euros
- 2.0 TDI – 57 762 euros
- PHEV – 56 266 euros
Style
- 2.0 TSI – 63 405 euros
- 2.0 TDI – 65 021 euros
- PHEV – 62 871 euros
Energetic
- PHEV – 59 690 euros