Ensaio Sprint – KIA XCeed 1.0 T-GDi GT Line
O KIA XCeed tem honras de estreia do novo segmento da Garagem, o Ensaio Sprint, artigo onde tentaremos, de uma forma breve, resumir a nossa experiência com o modelo em análise em cerca de 500 palavras. E começamos bem, com um modelo com o qual tivemos sempre experiências positivas, o KIA XCeed, o CUV da família Ceed. Recentemente alvo de uma actualização estética, passámos alguns dias com a apelativa versão GT Line, nesta unidade vestida a rigor com uma cor que o faz destacar-se ainda mais na paisagem.
Sou fã do design do XCeed, combinando as linhas de um mais comum, mas dinâmico, hatchback, com a postura, não exagerada, de um crossover. Essa é uma combinação que felizmente se prolonga à posição de condução, capaz de oferecer uma boa visibilidade sem nos colocar exageradamente por cima da acção. Gostava, no entanto, de ter encontrado um volante de aro mais grosso e com uma melhor sensação nas mãos.
Ao volante, chega a divertir
O comportamento dinâmico merece nota positiva, denotando uma agilidade que chega a divertir, com uma direcção rápida e uma afinação de suspensão decidida que, muito sinceramente, não me recordo de ter encontrado em ensaios prévios. Os pneus de baixo perfil terão, certamente, influência neste maior dinamismo sentido quando comparado com o XCeed PHEV que conduzi no ano passado.
Felizmente, esse agradável dinamismo não é conseguido à custa de um exagerado menor conforto. O XCeed pisa a estrada com decisão, mas a suspensão continua a absorver bem as irregularidades que normalmente encontramos no dia-a-dia. O motor 1.0 T-GDi pode ser pequeno, mas os 120 cv e 172 Nm chegam bem para que o encorpado XCeed se movimente com a ligeireza esperada de um automóvel moderno. Já os consumos continuam a ser dos mais elevados entre os pequenos motores 1.0 do mercado, rondando, em ciclo misto, os 8 l/100 km.
O interior combina, claro, materiais mais agradáveis ao toque com outros mais rijos, mas a qualidade de construção convence. Também aprecio a presença de elementos modernos e digitais como o painel de instrumentos e o intuitivo sistema de infotainment combinados com soluções convencionais e fáceis de usar como os comandos analógicos da climatização. À esquerda do volante está posicionado um botão de atalho dedicado para desligar o assistente de manutenção na faixa de rodagem. Obrigado, KIA.
Quanto a espaço atrás, a silhueta dinâmica do XCeed é algo enganadora, sendo possível contar com uma boa folga no espaço para pernas e cabeça nos lugares laterais, pelo menos para passageiros até 1,8 metros de altura. O lugar do meio está lá e cumpre o seu propósito, mas claro, o XCeed, tal como 90% dos modelos do segmento, recebe melhor quatro do que cinco passageiros. A bagageira não deslumbra, principalmente em altura, mas com 426 litros de capacidade, está longe de comprometer. Lá atrás, falta a roda suplente.
Para quem não quer prescindir da silhueta de um hatchback, mas vê apelo na abordagem SUV, talvez um CUV seja a resposta. O XCeed é, como já terminámos ensaios no passado, apenas e só mais um bom produto da KIA. Com 3.400 € de desconto da campanha em vigor, este GT Line custar-te-á 27.100 €. Verde, não te esqueças.