Ensaio Sprint: Opel Astra 1.2 Turbo 130 cv
A gasolina, com motor Diesel, em configuração híbrida e, brevemente, elétrico. A gama da mais recente geração do Opel Astra está a preparar-se para ser, ao nível das motorizações, uma das mais amplas do mercado. Depois de ensaiado o Astra Híbrido Plug-In, regressámos ao modelo alemão para um breve contacto com a motorização a gasolina 1.2 Turbo de 130 cavalos.
Esta é, muito provavelmente, a motorização indicada para o cliente português. Não só por ser a mais acessível, como por não exigir um ponto de energia para carregamento de baterias, uma vez que só assim se tira todo o proveito da eficiência de uma motorização híbrida recarregável. E não se pense que por se tratar de um pequeno motor 1.2 litros – ainda sem tecnologia mild hybrid – que a condução do novo Astra sai algo limitada.
Motor
Já conhecido de inúmeros outros modelos da Stellantis, este é um dos motores de três cilindros de baixa cilindrada mais enérgicos que podes comprar, com os 230 Nm de binário a mostrarem desde cedo que lidam bem com os quase 1350 kg do Astra. Comparativamente a motorizações equivalentes da concorrência, este 1.2 litros não é o mais refinado, nem sequer o mais poupado, mas a média final combinada de 7,2 l/100 km merece nota positiva.
Condução
No que diz respeito a comportamento em estrada, é curiosa a comparação com o Peugeot 308, modelo com o qual partilha plataforma e muitos outros elementos. Tal como o modelo francês, o Astra não dispõe de amortecimento variável, mas é do “Pug” o rolamento mais refinado, mais confortável. O Astra responde com uma agilidade ligeiramente superior, com a carroçaria a mexer menos e a recuperar a sua posição mais depressa em situações de maior exigência, mantendo uma suspensão com boa capacidade de filtragem.
Por dentro
No habitáculo, como não podia deixar de ser, digitalização é a palavra de ordem. O Pure Panel da Opel combina um painel de instrumentos totalmente digital com um segundo ecrã central dedicado ao infotainment. Felizmente, ao contrário de outros modelos de origem alemã, o Astra continua a disponibilizar botões físicos de atalho que em muito facilitam a utilização das várias funções. Modernizar, sim, complicar é que não.
Visualmente, apesar da tecnologia e estética moderna do tablier, a Opel aplicou no Astra uma abordagem bastante mais conservadora do que a escolhida pela Peugeot com o arrojado i-cockpit do 308. Ainda à frente, é importante destacar o conforto oferecido pelos bancos, algo em que a Opel continua, e bem, a apostar. Nos lugares traseiros – tal como o 308 – o Astra cumpre, mas não deslumbra. Há espaço suficiente para pernas e cabeça nos lugares laterais, mas no segmento há quem faça melhor. O assento também me pareceu baixo demais.
Preço
Disponível em três níveis de equipamento, Edition, Elegance e GS Line, o Astra 1.2 Turbo está disponível a partir de 26.780 €. Este topo de gama, na cor que melhor lhe assenta, com as belíssimas jantes de 18 polegadas e uns quantos outros opcionais elevam o preço para qualquer coisa como 35 mil euros. Tal como o híbrido plug-in, também este Opel Astra equipado com a motorização puramente a gasolina deixou ótimas impressões.