Volkswagen Amarok – uma pick-up renovada e melhorada
Fabricada na África do Sul, a nova Volkswagen Amarok leva 3 meses para chegar aos concessionários nacionais. Aposto que se a fôssemos buscar chegava muito mais rápido… e seria muito mais divertido.
A Volkswagen Amarok está mais esguia, mais alta e mais longa, o que, para uma pick-up todo o terreno, são boas notícias. Permite manobrar muito melhor em terrenos apertados e estradas sinuosas, que é, convenhamos, o propósito destes carros. Embora isto tenha reduzido o ângulo de inclinação de uns impressionantes 40 e poucos graus para uns mais singelos – mas, ainda assim, bastante úteis, 29º máximos, a capacidade offroad não foi beliscada. Aliás, a marca diz que está melhor.
Por terrenos íngremes e esburacados
Fomos conhecer esta nova geração da Amarok a Torres Vedras e, pelo que podemos testar, está muito boa. Não só ao nível do todo o terreno, onde as suas competências a fazem brilhar – como tivemos oportunidade de testar num pequeno circuito preparado pela marca e no trajecto que nos levou por rampas e montes e subidas acentuadas e empoeiradas -, mas, também, na utilização do dia-a-dia, com um ambiente premium e de qualidade. Por fora pode parecer uma pick-up, mas, por dentro, parece um topo de gama da marca. O ecrã touch de 12 polegadas (conforme o nível de equipamento; o que testámos era o Style) ajuda a passar uma imagem futurista e também ajuda na utilização dos sistemas, incluindo o dos modos de condução que podem ser acedidos também através do manípulo dedicado na consola.
Falando dos modos de condução, são vários e todos eles bastante inteligentes, com o computador de bordo a dar uma grande ajuda para não nos preocuparmos muito. Tração traseira, às quatro, em baixas ou em altas, hill assist, diferencial bloqueado ou livre, é deixar o computador decidir. Basta selecionar o modo de condução adequado ao piso no ecrã.
Quanto aos motores, são todos a gasóleo e, embora isso prejudique o valor final devido aos impostos, um carro deste tipo tem, quase obrigatoriamente, de ser a gasóleo. São carros de trabalho, na sua grande maioria para empresas, vão fazer muitos quilómetros, daí que se justifique. Quanto à escolha de motores, há três. Um dois litros, turbo, de 170 cavalos, um dois litros com dois turbos, de 204 cavalos e o topo de gama, um 3 litros V6 com 241 cavalos. Todos eles têm força mais do que suficiente para “dar conta do recado”. O primeiro motor, está disponível com caixa manual, o segundo com opção de automática de 10 (que permitem bloquear o número de relações que pretendemos consoante a utilização) e o terceiro apenas com a automática.
Entre as novidades, estão a capacidade de reboque que foi aumentada para 3,5 toneladas (antes era de 3,2), os mais de 20 sistemas de ajuda a condução, os faróis LED, ou a capacidade de carga, no tejadilho, de 350 quilos. A caixa de carga permite receber uma euro-palete e tem dois pontos de fixação que aguentam, cada um, 500 quilos, e a carga útil máxima subiu de 1 tonelada para 1,16 toneladas.
Tudo argumentos a favor, embora o que mais nos tenha impressionado foi o equilíbrio entre capacidade de trabalho e offroad e a qualidade, conforto e evolução do interior. A versão que a marca conta vender mais é a Style, muito boa e com muito equipamento, ficando pouco abaixo da topo de gama Adventure.