“Tsunami” MG avança pelo nosso país com toda a força
Fomos à apresentação da gama e estratégia da histórica e renovada MG para Portugal e ficámos a saber praticamente tudo.
Tsunamis e Icebergs
Para começar, que os 6 modelos que têm disponíveis actualmente são apenas a ponta do iceberg, como fizeram questão de dizer. Para os próximos anos, vão trazer para o mercado ibérico dezenas de modelos. Será um tsunami de veículos, como fizeram, também, questão de destacar. É que em 2024 serão 22 modelos, entre híbridos, híbridos plug-in, eléctricos e a combustão. Uma aposta curiosa, uma vez que os grandes fabricantes estão a apostar mais nos eléctricos e nos eléctricos acessíveis, como é exemplo o mais recente Citröen e-C3.
Depois, que os modelos que vão chegar a Portugal – e os que já cá estão – têm sempre em vista uma adaptação à nossa fiscalidade, de forma a não encarecer os veículos face à concorrência do segmento. A diferença de preços entre Portugal e Espanha é justificada, por exemplo, pelo apoio de 7.000€ dado pelo governo espanhol à compra de veículos eléctricos; apoio, esse, que não é aplicado na compra do veículo mas, sim, no IRS do ano seguinte, ao passo de que, aqui por estes lados, são de “concurso” e limitados em número, necessitando que o cidadão, após comprar o veículo, se candidate ao apoio, e depois “logo se vê”. Os espanhóis até sabem fazer algumas coisas. Paellas e apoios à aquisição de veículos eléctricos, pelos vistos.
Cyberster
Sim, o nome é meio esquisito, mas é a coqueluche da marca. Foram buscar inspiração ao MG A de 1955 e pediram depois a um senhor que trabalhou na aerodinâmica e design da Ferrari há 20 anos para lhes fazer um carro. Resultado: um desportivo descapotável muito giro e imponente sim, senhor, mas ainda precisa de dar provas. Afinal de contas, promete muito. Muita potência eléctrica, aerodinâmica, um processador que consegue processar 8 mil milhões de dados por segundo – só se for para fazer transações na bolsa enquanto passeamos à beira Tejo – e portas “borboleta” estilo as dos Lamborghini. Se ainda for verdade que é importante que as marcas tenham um porta-estandarte para vender os “outros” carros, pode ser que este até resulte. Tem umas setas, no mínimo, curiosas na traseira, mas tirando isso é muito agradável à vista. Esperamos que também seja no resto.
Para empresa?
Um modelo que nos captou a atenção foi o MG 5, a “primeira carrinha eléctrica do mundo”. Uma afirmação atrevida, ainda que verdadeira, e um carro que fará as delícias dos portugueses. É que se há coisa que nós gostamos é de “carrinhas da empresa”. Eléctrica, então, e com um preço a rondar os 38.000€, está feita a receita do sucesso.
A MG está a apostar em carros que conseguimos comprar, com garantia de 7 anos, uma construção que, segundo a marca, é acima da média para os segmentos e com uma estratégia que parece ser “afogar” os consumidores numa imensa gama de veículos. Haverá para todos os gostos e para toda a gente. Só esperamos é que, com tanta analogia aquática, não metam água.