Dacia fecha 2023 com crescimento de 47%. Entre os clientes particulares, marca volta a ser líder em Portugal
O título do artigo que escrevi no ano passado depois de ter estado presente na conferência de imprensa onde a Dacia Portugal apresentou os seus resultados referentes a 2022 servia, igualmente, para abrir o texto deste ano. Os números mudam, mas a mensagem é a mesma. Encerrado que está 2023, a Dacia voltou a surpreender, mas, por outro lado, o seu sucesso já não é uma surpresa para ninguém.
Os números não enganam e a tendência de crescimento da Dacia em Portugal está bem expressa nas 15.058 unidades que matriculou no ano passado no nosso país, um volume de vendas que lhe permitiu registar uma subida de 47% relativamente ao ano anterior, bem como reforçar a sua quota de mercado para 6,6%. A Dacia foi também a quarta marca mais vendida em Portugal, ficando a pouquíssimas unidades de entrar no top 3 do ranking anual de vendas de veículos de passageiros.
Considerando apenas o mercado de clientes particulares, a Dacia foi líder de mercado – outra vez – conquistando uma quota de 18% graças ao forte desempenho de modelos como o Sandero e o Duster. No total, a Dacia entregou 7.511 automóveis a clientes particulares, o equivalente a uma quota de 17,67%.
O Sandero, com 6.424 unidades comercializadas, foi o segundo automóvel mais vendido em Portugal, bem como o preferido dos clientes particulares, a quem a Dacia entregou 4.012 unidades. O Duster garantiu novamente o segundo lugar no mercado dos particulares e o primeiro entre os modelos do segmento C e do sub-segmento C-SUV.
Ainda no mercado dos particulares, a Dacia foi igualmente líder no segmento das viaturas elétricas, com o pequeno Spring a ser a escolha de 562 clientes ao longo de 2023. O mais pequeno dos Dacia garantiu uma quota de mercado de 15,4% neste segmento, mais do dobro do que a conquistada pelo segundo modelo mais vendido. Já o Jogger, o modelo de sete lugares que estreou uma motorização híbrida na gama da Dacia, foi responsável por 3.768 matrículas, um crescimento de 360% relativamente a 2022.
GPL com cada vez mais adeptos. Aposta no canal digital é assumida
A Dacia destaca ainda a importância do canal digital, o qual foi responsável por 27% de todas as vendas feitas pela marca em Portugal durante o ano passado. As vendas “digitais” subiram quatro pontos percentuais relativamente a 2022, um crescimento a que os responsáveis da marca não estão indiferentes, assumindo o seu compromisso para com esta cada vez mais essencial vertente de negócio. Assumido é também o compromisso em reforçar a presença da marca junto dos clientes profissionais.
Sabia que…70% dos clientes Dacia são atraídos pelo preço mais baixo, mas compram versões mais equipadas?
Tal como abordado no artigo que partilhámos em outubro do ano passado, a aposta da Dacia no GPL, nomeadamente através das motorizações Bi-Fuel, é para continuar. Durante o ano passado, 57% das vendas efetuadas foram modelos Eco-G, o que representa um crescimento de 14% comparativamente a 2022.
2024 será um ano pleno de novidades
O ano que agora se inicia será um de extrema relevância para a Dacia. O seu modelo mais icónico, o Duster, será em breve atualizado para uma geração totalmente nova. No final do primeiro semestre, chegará ao mercado o novo Spring e mais para o final do ano – com revelação agendada para o Salão de Paris – fará a sua estreia o Bigster. Ainda antes, muito provavelmente ainda durante o primeiro semestre, Sandero, Sandero Stepway e Jogger serão alvo de importantes evoluções.
O ano de 2023 foi o melhor de sempre da Dacia no mercado português. Só por escassas sete unidades é que não terminou no pódio das marcas mais vendidas, mas foi a líder incontestada entre os clientes particulares, enquanto o volume de vendas e o crescimento no segmento do Bi-Fuel justificam, plenamente, a aposta na tecnologia. Mas as expetativas que temos para 2024 também são grandes. A viagem que temos feito tem sido incrível, sobretudo se pensarmos que, há apenas três anos, a marca era apenas a 14ª mais vendida no país
José Pedro Neves, Diretor Geral da Dacia Portugal
Com os números agora revelados, bem como com a ofensiva de produto anunciada para este ano, não é de estranhar que a ambição da marca e o otimismo dos seus responsáveis estejam igualmente em alta. Para concretizarem a sua estratégia, assente num crescimento faseado e sustentado, a Dacia pretende continuar a propor um produto que, acima de tudo, seja adequado às necessidades das pessoas, assumindo-se como uma marca essencial, em constante adaptação ao mercado.
Se o bem-sucedido trabalho de renovação de imagem de marca, a constante atualização e ofensiva de produto, bem como o esforço de manutenção do seu principal atributo – uma relação custo/benefício imbatível – forem tão bem aplicados e executados como até agora, é muito provável que todo este discurso se venha a repetir daqui a um ano. A Dacia é, neste momento, já completamente desassociada do conceito low cost, uma das marcas mais apetecíveis e interessantes do mercado. Não sou eu que o digo, são os números. É o próprio mercado que o diz.