Ensaio Sprint: Volkswagen T-Roc Blackstyle 1.5 TSI
Para os portugueses mais distraídos – onde, neste caso, me incluo – fica uma informação introdutória: o T-Roc foi, em 2023, o modelo Volkswagen mais vendido em Portugal. No total, foram entregues a clientes nacionais 2049 unidades do SUV produzido na Autoeuropa, em Palmela, um crescimento de quase 40% relativamente a 2022. Na Europa, o Volkswagen “português” foi inclusivamente o quarto modelo mais vendido, com mais de 221 mil unidades registadas.
Assim, e de forma a aumentar o apelo do T-Roc junto de um público ainda sedento por modelos SUV e crossover, a marca alemã introduziu na gama esta versão especial Blackstyle. Quer por fora, quer por dentro, o Blackstyle destaca-se, como o nome indica, pelos elementos pintados de preto que lhe aumentam o carácter desportivo, mas também por uma maior oferta de tecnologia que visa beneficiar a sua versatilidade no dia a dia.
No exterior, saltam à vista as jantes de 18 polegadas, as capas dos retrovisores e o tejadilho, bem como as respetivas barras em tom negro. A ponteira de escape, vidros escurecidos e o autocolante com efeito carbono no último pilar da carroçaria completam o pacote estético. Já no habitáculo, destaca-se o painel de instrumentos Digital Cockpit Pro e o sistema de infotainment com replicação de smartphone via wireless. A série especial inclui ainda câmara traseira, sistema Park Assist e faróis Led Performance. Também os bancos com padrão específico, o forro do tejadilho escuro e as molduras do sistema multimédia, painel de instrumentos e saídas de ventilação em preto fazem parte da oferta Blackstyle, não faltando, ainda, iluminação ambiente para a condução noturna.
Ao volante, tudo muito fácil para o condutor, com o T-Roc a proporcionar uma posição de condução muito confortável, com boas regulações. Debaixo do capot desta unidade está o motor 1.5 TSI de 150 cavalos associado à caixa DSG de 7 velocidades, combinação que se posiciona no topo da oferta, acima do 1.0 TSI de 115 cavalos (33.698 euros). Ainda que o motor de acesso seja suficiente para o peso e dimensão do T-Roc, não há como negar a maior disponibilidade e refinamento da mecânica de quatro cilindros, sendo igualmente capaz de médias em ciclo combinado em redor dos 7 a 7,5 lt/100 km. O desempenho da caixa DSG é um ponto alto, mas a por vezes tardia resposta do acelerador foi algo que estranhei.
Apesar dos anos de serviço que acumula, o T-Roc continua a ser uma proposta muito válida, bem expressa pelo seu desempenho comercial. O espaço atrás não é referencial, mas as suas dimensões são mais do que adequadas às necessidades de uma família pequena, o cliente-alvo do T-Roc. A bagageira de 445 litros é outro bom argumento do VW “made in PT”. A eletrificação pode até ainda não ter chegado ao T-Roc, mas as qualidades reconhecidas das mecânicas 1.0 e 1.5 TSI aliadas a um correto comportamento em estrada, bom nível de conforto de rolamento e a um design que continua muito apelativo continuam a desempenhar um papel de extrema relevância nas ambições comerciais da Volkswagen.
Com o motor 1.5 TSI, o T-Roc Blackstyle está disponível a partir de 40.012 euros, mas para o teres exatamente como este “BG02GT” em Cinzento Ascot, com teto panorâmico, sistema de som Beats, pacote Easy Open/Easy Close, roda suplente, faróis Led Matrix, sistema de navegação e pacote Driver Assistance Plus, terás de pagar mais de 45 mil euros.