Ensaio Sprint: Hyundai Bayon 1.0 T-GDi 7DCT Premium
De forma relativamente discreta, mas bem conseguida, a Hyundai atualizou o seu crossover mais pequeno, o Bayon, modernizando-lhe o visual com pequenos ajustes nas secções dianteira e traseira. À frente, recebeu um novo para-choques e grelha, bem como uma assinatura luminosa a toda a largura que o aproxima, por exemplo, do novo Kauai. Atrás, o para-choques é também novo e, de perfil, as jantes de liga leve de 17 polegadas têm um design ligeiramente diferente. A gama de nove cores inclui também quatro novas tonalidades. O Bayon está mais atual, mas com a irreverência que já lhe era reconhecida.
As dimensões compactas do Bayon escondem um habitáculo mais espaçoso do que é habitual encontrar neste segmento. As portas traseiras abrem a noventa graus, o banco é confortável e dois adultos podem ali viajar com folga suficiente para pernas e cabeça. As janelas abrem quase na totalidade e o lugar do meio é até bastante utilizável, mas claro, apenas em trajetos curtos. A bagageira tem 411 litros de volume, conta com piso amovível e há até espaço para uma roda suplente, a qual, infelizmente, não compareceu a este ensaio. A chapeleira pode ser arrumada, de forma prática, junto do encosto, libertando espaço em altura.
Na frente, destaque para o novo ecrã tátil do sistema de infotainment com 10,25” – mesma medida do painel de instrumentos com apresentação variável consoante o modo de condução – o qual inclui igualmente mapas com atualizações over-the-air. No geral, nota positiva para a digitalização, quer pelo bonito grafismo, quer pela leitura fácil e utilização intuitiva.
Caixa DCT com nota positiva
A construção do habitáculo é sólida, mas o Bayon aposta exclusivamente em plásticos rijos, pois apenas o apoio de braço nas portas dianteiras é forrado a napa. A posição de condução é muito boa, conferindo boa visibilidade sem colocar o condutor demasiado alto. Contudo, o conforto dos bancos dianteiros continua a deixar muito a desejar. Têm bom suporte lateral, mas falta acolchoamento na zona lombar, algo muito notório nas viagens mais longas. Destaque ainda para a acolhedora iluminação ambiente multicor.
Ao volante, o Bayon, principalmente nesta versão equipada com caixa DCT de 7 velocidades, mostra-se imediatamente muito fácil de conduzir, tal como um crossover urbano deve ser. A suspensão consegue filtrar a maior parte das irregularidades com eficácia, mas acima de tudo mostrou estar à altura de uma condução um pouco mais dinâmica, dando ao pequeno Hyundai um comportamento seguro e ágil.
Recorda o nosso primeiro contato com o Hyundai Bayon:
A caixa automática mostrou-se fluída e eficiente nas passagens a ritmo moderado, nos modos Eco e Normal, mas inesperadamente responsiva quando se aumenta o ritmo em modo Sport. Não dispõe de patilhas no volante, mas o manípulo permite modo sequencial, ainda que em sentido de atuação, a meu ver, incorreto.
Com um consumo final de 6,5 lt/100 km, e mesmo associado a uma transmissão automática, esta foi, até ao momento, a minha experiência mais eficiente com o motor 1.0 T-GDi de 100 cavalos, um propulsor que normalmente se mostra um pouco mais gastador do que outras propostas. Ainda no que à condução diz respeito, parece-me urgente rever a calibração do sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem, o qual é excessivamente interventivo.
Falta-me abordar o preço do Bayon, proposto nesta única versão Premium, com caixa manual, por 24.410 euros, ou se equipado com caixa automática, como a unidade conduzida, por 25.965 euros.