Apresentação Nacional BYD Tang. Sete lugares “elétricos”
O Tang, o grande SUV elétrico de 7 lugares de segmento E da BYD, foi o primeiro modelo da marca chinesa a ser lançado na Europa, chegando num momento em que a concorrência neste muito específico segmento não era assim tão grande. A oferta de produto nesta categoria de mercado, entretanto, expandiu-se e a BYD decidiu modernizar o seu SUV topo de gama, não só reforçando os seus argumentos, bem como atualizando o seu visual, aproximando-o dos seus restantes modelos lançados mais recentemente.
Os mais distraídos poderão até dizer que o Tang não está assim tão diferente no seu exterior. E, até certo ponto, têm razão. As jantes de 21 polegadas contam agora, por exemplo, com um desenho mais aerodinâmico e na dianteira destaca-se o novo design da grelha, partilhado, como referido, com a restante gama da BYD. Na traseira, o grande SUV perdeu a designação “Build Your Dreams”. No entanto, algo dissimuladas, o novo Tang traz consigo outras novidades bem mais relevantes. Ora vejamos.
Os quase cinco metros de automóvel escondem uma motorização que combina duas máquinas elétricas, uma por cada eixo, para disponibilizar uma potência máxima de 380 kW – o equivalente a 517 cv – e um binário total de 700 Nm, este último, 20 Nm superior ao disponível na versão anterior. A aceleração de 0 a 100 km/h faz-se em 4,9 segundos. Já a Blade Battery – com química LFP, como é hábito na marca – é agora maior, contando com uma capacidade de 108,8 kWh em vez de 86,4 kWh.
Naturalmente, com uma bateria de maiores dimensões, desempenho aerodinâmico melhorado e também graças à tração integral inteligente revista, mais eficiente, privilegiando a tração dianteira, o Tang declara agora uma autonomia combinada superior, valor que subiu dos anteriores 400 para 530 quilómetros. Se utilizado exclusivamente em ambiente urbano, o Tang consegue percorrer cerca de 680 quilómetros com uma carga total de bateria.
Em termos de carregamento, este pode ser feito a uma potência máxima DC de 170 kW (anteriormente, 120 kW) e através, por exemplo, de uma wallbox em corrente AC, a um máximo de 11 kW, outra evolução relativamente aos 7 kW do Tang agora substituído. Uma novidade adicional escondida é a suspensão adaptativa, a qual permite ao grande SUV chinês variar o seu amortecimento em função das condições ou modo de condução selecionado.
No interior, a BYD aplicou no Tang novos e melhores materiais, em linha com o seu posicionamento “premium acessível”, e equipou-o também com a sua mais recente geração de software para o sistema de infotainment, cuja ecrã tátil rotativo é também ligeiramente maior. A BYD destaca uma utilização mais intuitiva e personalizada. Novidade no Tang é também o head-up display, sistema mais evoluído do que o já disponível noutros modelos da gama.
Reconhecendo a especificidade da sua proposta no mercado nacional, assumidamente apontada as empresas, e depois de ter comercializado, até ao momento, cerca de 30 a 40 unidades do Tang, a BYD volta a apontá-lo ao mercado dos clientes profissionais, posicionando-o, com um preço de 61.057 euros mais IVA, abaixo do patamar dos 62.500 euros da tributação autónoma. Os clientes particulares terão de desembolsar cerca de 75.000 euros para o poderem conduzir. O objetivo da BYD Portugal é, com esta atualização, duplicar as vendas do Tang no nosso país.