Ford Kuga híbrido: um SUV completo e muito competente
A Ford tem, no Kuga FHEV, uma solução para quem quer, primeiro, um bom SUV e, depois, um carro híbrido eficiente por um preço abaixo dos 50 mil euros. Eu escolheria o plug-in, mas depende da utilização.
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Desde que foi lançado, sempre gostei deste Ford Kuga, especialmente tendo em conta que existe uma versão híbrida plug-in, recarregável, que me parece a melhor opção se tiveres a possibilidade de carregar as baterias. Mas esta versão híbrida “simples” também é muito competente se não quiseres andar preocupado com carregamentos e cabos e cartões e postos de carregamento e preços por kW.
Por fora
O design exterior é impactante, especialmente tendo em conta que parece maior do que é. Também não é pequeno. Nada disso! Tem boas proporções, o que lhe dá esse aspecto musculado e robusto, mas quando começamos a olhar mais ao pormenor, apercebemo-nos de que tem nuances elegantes. Não foi só fazê-lo parecer imponente e esqueçam lá a elegância. Se é bonito, ou não, isso fica para quem o vê, mas gosto das proporções.
Talvez mudasse a linha do tejadilho. Colocá-la-ia um pouco mais baixa. Uns 5 centímetros, assim a olho. Ficava com um aspecto mais dinâmico e menos robusto – um pouco como o novo irmão Mustang Mach-E – o que, tendo em conta o mercado actual, seria benéfico. Os clientes procuram muito o aspecto “coupé desportivo” nos SUV.
Este modelo estava equipado com a versão ST-Line X, que lhe dá um aspecto mais dinâmico nos pára-choques, saídas de escape e jantes, de 18 polegadas com pneus 225/60 (um bom perfil se for necessário levá-lo para fora de estrada), e, no interior, dá-lhe uns detalhes a vermelho, como os pespontos dos bancos e portas, os bancos em couro sintético parcial, os apliques a imitar carbono e volante ST.
Por falar no interior
Aqui, só tenho duas notas menos positivas e vamos já falar delas porque o resto é muito bom. A posição de condução que, para o meu gosto pessoal, está um pouco alta (mas cheira-me que os clientes que procuram SUV gostam disso) e posição dos pedais, o que pode estar ligado à posição de condução. Senti-me um pouco sentado demais. Gosto de ter as pernas mais levantadas, mas como esta versão híbrida tem caixa automática, não é assim tão mau quando isso. É uma questão de hábito.
Já as coisas boas, são várias. Para começar, a qualidade geral dos materiais. Não são a epítome do luxo, nem é suposto, mas são bons. Utiliza plásticos macios ao toque, tem um bom detalhe no “encosto” para o joelho em pele sintética na consola central (ajuda a não o magoar quando viramos) e o visual, embora não seja o mais moderno, é organizado e tem botões 🙂 .
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A construção é tipicamente Ford. É boa e com uma sensação durável. Entendo que não possam, do nada, alterar o interior para um mais moderno, como o do Mach-E, mas são coisas diferentes para objectivos diferentes. Quem, como eu, gosta de ter os seus botões, vai gostar deste interior.
Condução e motor
Se a primeira não surpreende – nem estava à espera disso – a segunda revelou-se muito boa. Consumo inferior a 6 litros/100 km fora de cidade, e dentro não subiu assim tanto, muito graças ao motor eléctrico que entra em acção sempre que pode. A bateria raramente fica descarregada e conseguimos andar grande parte do tempo em modo eléctrico, especialmente se fizermos uma condução calma e eficiente.
É verdade que tem um motor térmico a gasolina com 2.5 litros, o que impacta o preço nos impostos, mas a eficiência do motor híbrido compensa. Mas percebo que seja um factor importante para muita gente. Daí eu dizer que, se tiverem acesso a postos de carregamento e tenham essa possibilidade, escolham o plug-in. É 1.500€ mais barato (graças às emissões reduzidas) e é praticamente igual.
Tem uma condução suave, confortável e com espaço para 5 pessoas e carga. Ao nível do equipamento, o infoentretenimento podia estar um pouco mais moderno – em tamanho e grafismos – mas é eficiente e responsivo. Dá para ligar os telemóveis e o sistema de som da Bang & Olufsen é muito bom, de origem. Esta unidade trazia algum equipamento opcional, como o tecto de abrir panorâmico, o portão da bagageira eléctrico e automático, o Pack Tech que traz uns sistemas de segurança extra (embora já traga muitos de origem) câmara traseira, estacionamento automático e as conhecidas proteções das portas. O preço total para a unidade que testámos é de 46.242€, um valor que traz muito equipamento e qualidade e um motor eficiente.