Conduzimos o Mazda MX-5 nº 1.120.000… ou algo lá perto!
Era uma vez um mito, o Mazda MX-5, roadster que, segundo o Guinness Book of Records, se mantém como “o coupé desportivo de dois lugares mais vendido do mundo” e que, em face desse estatuto, desfila, de tempos a tempos e obrigatoriamente, aqui na Garagem, não só para deleite de quem tem o prazer de o conduzir – e que prazer, acreditem!!!! – como para se afirmar como objecto de puro desejo junto de quem nos lê! Sim, nós gostamos de o/a picar… só um bocadinho!
Este exemplar MX-5 1.5 Skyactiv-G de 132 cv, de capota de lona – Soft-Top para os mais puristas – em versão 2021 Special Edition, foi nosso ao longo de uns quantos dias e até poderia ser esse tal nº 1.120.000 que chamámos a título desta peça, só que… não temos uma certeza a 100% desse facto. Decerto não andaremos longe dessa numeração, já que o seu VIN nº JMZND6EA600550531 (uma espécie de Certidão de Nascimento para automóveis, única e irrepetível) revela ter sido produzido algures no último trimestre de 2020. E, assim, sendo, façam-nos lá a vontade e acreditem, por um momento, que é essa a numeração real! É que até fica bem no retrato.
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Trata-se apenas de um dos tais 1.150.352 Mazda MX-5 produzidos até final de Maio último (ver mais detalhes aqui), desde que, a 9 de Fevereiro de 1989, no Salão Automóvel de Chicago, a Mazda mostrou – em modo “SURPRISE, SURPRISE!!!!”, o primeiro de todos: um “NA” que deixou meio mundo de queixo caído e o outro meio a pensar que estes japoneses eram loucos, já que o mercado dos roadsters de dois lugares estava praticamente moribundo, já com Certidão de Óbito passada, se bem que ainda não assinada! A Mazda provou que não era nada disso, demonstrando-o com um enorme estrondo e esse indesejável documento foi deitado ao lixo.
Sublinhando a sua faceta de remar contra a maré, mesmo quando as ondas se lhe apresentam em modo tsunami – fenómeno da natureza que aquelas bandas do planeta até enfrenta de tempos a tempos – a Mazda deu ali início a uma longa história que já soma 32 anos, integrando-lhe múltiplos capítulos e sub-capítulos, em vertentes que vão do comércio & indústria – com as conquistas das suas 4 gerações (“NA”, “NB”, “NC” e a actual “ND”) – ao motorsport, em especial assente nas múltiplas MX-5 Cups que, de há uns anos a esta parte, se organizam em vários pontos do planeta, incluindo…Portugal, que o teve há cerca de duas décadas!
Evolve, Excellence, Special Edition ou até mesmo um MX-5 100th Anniversary
Se ainda não tem um desses ícones à porta de sua casa, convidamo-lo a aceder ao configurador do MX-5 ou ao do MX-5 RF, para que os possa construir à sua imagem. Os preços de referência iniciam-se nos € 27.500 e nos € 30.000, respectivamente (mais coisa menos coisa) para as quatro versões disponíveis, numa oferta que se divide entre dois patamares mais normais (Evolve e Excellence) e outros tantos bem mais exclusivos, um Special Edition (igual ao aqui ilustrado), e um MX-5 100th Anniversary, peça de colecção comemorativa do centenário da Mazda Motor Corporation, completado no início de 2020, mas infelizmente não festejado com a pompa e circunstância que a situação inicialmente convidava.
Para terminar, este Mazda MX-5 1.5 Skyactiv-G Special Edition apresenta-se aqui na cor Polymetal Grey, com capota de lona preta e retrovisores exteriores da mesma cor, mais as jantes de liga leve Rays de 16 polegadas, em cinza escuro escovado, tudo contrastante ao interior em pele Red, proposta que terá um PVP na ordem dos € 38.000 (valor sem outras despesas mais administrativas).
O seu equipamento de série contempla um leque de sistemas configuráveis e controlados pelo condutor através do funcional HMI Commander, colocado na consola central, atrás da deliciosa e curtinha manete da caixa de velocidades: MZD Connect; áudio BOSE, com 9 altifalantes; navegação, com ecrã TFT de 7”, Bluetooth e ligação sem fios aos múltiplos iphones & smartphones das nossas vidas. Acrescem o ar condicionado automático, bancos aquecidos, sensores de estacionamento traseiros e as inevitáveis ajudas à condução (manutenção de faixa, controlo de ângulo morto com aviso de transito cruzado, faróis inteligentes, sensores de luminosidade e chuva), fazendo-se a entrada através de chave inteligente e o arranque com o botão start, de preferência de cabelos ao vento.
Quanto a consumos e emissões do seu espevitado bloquinho de 132 cv, o que é que isso interessa quando se conduz um roadster como este? Ok ok… numa época de tamanha preocupação ambiental não devíamos pronunciar tal absurdo, mas pronto, agora já o disse, ainda para mais porque a UE está doidinha para mandar os motores de combustão às malvas! Assim sendo, é entrar num MX-5 e desfrutar das puras sensações de um kart de estrada, delicioso de conduzir até onde as estradas nos levem… até ao infinito e mais além!