Novo Toyota Aygo X: o canivete suiço urbano
Fomos ao Porto para a apresentação nacional do novo Toyota Aygo X e ficámos a conhecer a nova proposta da marca para o segmento dos carros urbanos. Dá para a cidade, mas muito mais.
Ir a uma apresentação da Toyota significa, normalmente, que vamos ficar de barriga cheia… literalmente. Se for no Porto, então, fica ainda mais. Mas no norte não se come só bem. Come-se bem, mas também se faz muito mais. É uma mistura incrível de cultura, vida, gerações, actividades, tudo envolto numa arquitectura que convida à fotografia para mais tarde recordar e relembrar que lá devemos ir mais vezes.
Para um carro que irá concorrer no segmento A, dos carros urbanos – um segmento que está muito esquecido pelas marcas – era imperativo testá-lo pelas ruas e ruelas da cidade. E assim foi. Atravessámos a cidade numa tour para ver murais (alguns dos maiores da europa, por exemplo) e fizemos uma paragem para escalada no maior centro de escalada do país. É viciante, e aconselho toda a gente a experimentar.
Motor e equipamento
Continuámos a viagem, agora numa condução com menos perícia devido aos músculos todos esgotados, e conseguimos perceber que o novo Toyota Aygo X dá conta do recado. A nível de motorização, só existe o três cilindros de 1 litro com 70 cavalos e 93 Nm de binário. A caixa de velocidades pode ser a manual de 5 ou a automática CVT. A manual porta-se bastante bem, embora para cidade há-de haver quem prefira a automática.
Vão a The North Wall e fiquem a conhecer o espaço
Em relação à condução, é um carro que rola bastante bem e com conforto, mesmo tendo jantes de 18 polegadas na versão testada. Na versão de entrada são de 17, o que também é demasiado grande, eu diria, para o tipo de carro. Dão-lhe presença, é certo, especialmente tendo em conta o design mais robusto. Mas o conforto não sai afectado. Nem o conforto, nem o consumo. Enquanto não o tivermos mais uns dias para ensaio não podemos dizer muito mais, mas andou ali em torno dos 6 litros no percurso feito. Quanto a espaço para arrumação, não há muito no interior, mas tem uma bagageira de 231 litros que pode ir até mais de 800 com os bancos rebatidos!
Terá 3 versões normais e uma de lançamento. Este última tem bancos aquecidos. Sim, leste bem. Um carro do segmento A com bancos aquecidos. Mas, pessoalmente, a versão que prefiro é a que tem o tecto de abrir em lona. Mantém a câmara traseira e perde os bancos aquecidos. Ao nível da segurança, podes estar descansado que até cruise control adaptativo há. É uma boa aposta da Toyota, especialmente tendo em conta que cada vez se pensa menos em mobilidade urbana particular. No entanto, é uma boa solução para quem procura uma solução assim pequenina, que se desenrasca muito bem em cidade e até fora dela. Um carro com um design impactante e muito equipamento.
O preço, para um carro com tanta coisa, é normal que não seja muito em conta. Ainda assim, para o que traz e com preços a partir de 16.500€ é uma solução a ter em conta. A versão do tecto de abrir custa 21.000€. A mais equilibrada diria que é a “pulse”, intermédia, por 17.820€ (18.970€ com caixa automática). Fica, apenas, a faltar uma versão eléctrica. Para breve, certamente.