Opel Corsa B celebra o seu 30º aniversário
O Corsa é, citando a Opel, “uma história de sucesso, um êxito de longa duração”. Não tenho motivos para discordar. Lançado originalmente em 1982, foram produzidas desde então mais de 14,5 milhões de unidades e a segunda geração, o Corsa B, introduzida em 1993, é um dos motivos desse mesmo sucesso.
O ano de 2023 é por isso mesmo um ano de celebração para a marca alemã, o ano que marca o 30º aniversário de uma geração que introduziu uma nova tendência de estilo no Corsa, substituindo as linhas retilíneas e mais vincadas da primeira geração por um visual com mais curvas, com contornos mais harmoniosos e fluídos tentando, também, apelar ao público feminino.
A equipa de design liderada por Hideo Kodama concebeu, assim, um Corsa mais arrojado, inspirado no concept Junior. O novo Corsa rompeu com o estilo introduzido pelo seu antecessor onze anos antes. Os contornos mais curvilíneos tinham, igualmente, um efeito prático: melhoravam a aerodinâmica e, por conseguinte, reduziam o consumo de combustível.
Gama ampla no Corsa B
Tal como a primeira geração, o então novo Corsa estava igualmente disponível em carroçarias de três e cinco portas. Porém, no Corsa B, as diferenças entre ambas eram mais notórias. O modelo de três portas tinha uma silhueta mais dinâmica, com uma traseira tipo coupé. Já o de cinco portas, mais familiar, contava com um portão traseiro mais vertical. Neste último, o espaço no banco de trás era, também, superior ao do Corsa de três portas.
O Corsa B destacou-se ainda pela sua vasta gama de versões. Estavam disponíveis cinco níveis de equipamento: Eco, Swing, Joy, Sport e GSi. Oferecia, assim, opções para todos os gostos, também graças aos padrões dos tecidos e às cores a condizer. Além disso, em alguns mercados, a Opel complementou as berlinas de três e cinco portas com uma station wagon, bem como com uma versão de três volumes e até uma pick-up, nenhuma delas, porém, disponível em Portugal.
Maior e mais seguro
Da geração A para a B, o Corsa cresceu 10 centímetros, passando a contar com um comprimento de 3,73 metros. Uma maior distância entre eixos, projeções de carroçaria mais curtas e um para-brisas inclinado permitiram ao Corsa B oferecer os melhores valores da sua categoria em termos de espaço.
A segunda geração do Corsa estabeleceu ainda novos padrões de segurança no seu segmento. A rigidez torsional da carroçaria foi aumentada em 40 por cento em relação ao seu antecessor. Pela primeira vez na classe, foram instaladas de série vigas duplas de aço nas portas, oferecendo aos passageiros uma proteção adicional em caso de colisão lateral. Nesta altura passaram igualmente a estar disponíveis tensores mecânicos nos cintos de segurança dianteiros.
Com o motor de 1,2 litros (45 cv), o Corsa já cumpria as normas de emissões de 1993 que só viriam a entrar em vigor três anos mais tarde. No topo da oferta estava o desportivo GSi 16V. Esta versão era capaz de atingir os 195 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em 9,5 segundos. O Corsa B representou, o início de uma nova era na Opel, uma vez que a segunda geração do citadino alemão foi a primeira a ser, como a Opel o coloca, “made in Eisenach”.