Cinto de segurança. 61 anos de história da tecnologia automóvel que mais vidas salva.
Foi no dia 13 de Agosto de 1959 que a Volvo entregou o primeiro carro no mundo com cinto de segurança de 3 pontos de origem. Foi um Volvo PV544 e a invenção de Nils Bohlin foi patenteada de forma aberta para todos a poderem utilizar.
Embora já houvesse cintos de segurança em algumas marcas e mercados – como opcional, dada a ideia de que um carro seguro não necessitava de outros sistemas – eram como os dos aviões, de 2 pontos, altamente perigosos em caso de embate. Sim, evitavam que os ocupantes fossem “cuspidos” do lugar em caso de embate, mas se o embate fosse a uma velocidade suficientemente alta eram cuspidas duas partes de cada ocupante. Ficaste com a ideia, certo?
Ora, a invenção do cinto de segurança de 3 pontos trouxe não só um aumento ainda maior da segurança, como uma segurança sem grandes mazelas (tirando uma nódoa negra ou uma clavícula partida em casos mais sérios). Em embates ligeiros e, até, em graves, a redução de feridos e mortos é verdadeiramente espantosa. Não há números concretos, mas estima-se que já tenham sido salvas mais de um milhão de vidas com a utilização deste cinto.
Começou devagar
Em 1963 a Volvo introduziu este sistema em mais alguns mercados, como o americano, por exemplo. Para suportar a afirmação de segurança deste cinto e promover a sua utilização fez vários estudos e conferências para apresentar os resultados. Alguns estudos indicavam que o cinto salvava vidas e reduzia a gravidade das lesões entre 50%-60%. Ainda assim, muitos consumidores demoraram a adoptar esta medida pois achavam que lhes restringia os movimentos e era incómodo de usar. Até jornalistas da especialidade diziam isto, espanta-te!
Apesar de obrigatório para todos os ocupantes desde 1994, de acordo com um estudo da União Europeia só 88% dos condutores o utilizam e, nos bancos traseiros, apenas 25% dos passageiros. Números que precisamos, urgentemente, de aumentar para 100%, pois a não utilização de cinto de segurança é tida como a segunda maior causa de morte nas estradas.
A invenção de Nils Bohlin evoluiu muito desde 1959 e hoje, para além dos pré-tensores normais, alguns cintos são, até, inteligentes e activos. Adaptam-se ao nosso estilo de condução, estado do pavimento, entre muitas outras características. São incómodos? Às vezes. Mas são tão importantes que não os usar até nos deixa estranhos. Obrigado, Nils e Volvo.
Fotos: Oficiais