DS 4: o novo benchmark do segmento?
Foi apresentado, hoje, o DS 4, o novo familiar compacto da marca premium da família Citroën. Depois do SUV DS 7 Crossback, do CUV DS 3 Crossback e da berlina DS 9, ficava a faltar um familiar compacto. Será que a DS fez bem, num mercado que já se percebeu que privilegia os modelos SUV e crossover?
DS 4
Para responder a essa pergunta, nada melhor do que ficar a conhecê-lo. Para começar, um formato que a mim me agrada bastante: familiar compacto hatchback. Sim, eu sei que a malta quer é SUV e tal, mas eu gosto destes formatos mais compactos. Nada de excesso de materiais, espaço porque sim e peso excessivo. Para quê, pergunto? Para quê ter um SUV que 90% das vezes vai fazer exactamente o mesmo que um hatchback, que pesa mais 100 ou 200 kg e que tem jantes e pneus enormes? Isso só significa maior consumo e mais despesas de manutenção. É que nem vou falar da beleza. Essa é subjectiva. Mas se fosse falar dela, este novo DS 4 estava muitíssimo bem servido.
Motores
Começamos bem. O DS 4 vai ser lançado desde início com motorização híbrida recarregável, com um motor de 225 cv de potência combinada e 50 km de autonomia. Trata-se do 1.6 litros turbo de 180 cavalos em combinação com um motor eléctrico de 110 cv. Para além desta motorização, haverá, ainda, as já conhecidas versões a gasolina PureTech de 130, 180 e 225 cv e uma versão diesel BlueHDi de 130 cv. Todas as motorizações vêm com transmissão automática de 8 velocidades.
Tecnologia e sofisticação
Neste departamento podemos esperar o que a DS já nos habituou. Para além dos materiais de qualidade e design sofisticado, temos toda a tecnologia de ponta actualmente à disposição. Por exemplo, uma câmara de infra-vermelhos para visão noturna.
Destaco o sistema de scan do terreno em frente ao carro que ajuda a suspensão a adaptar-se às irregularidades do piso. À medida que o carro se desloca, uma câmara faz a leitura do terreno – buracos, piso irregular, etc – e a suspensão ajusta-se de acordo. Quanto mais irregular o terreno, mais a suspensão amortece. Quanto mais regular, mais estável fica, tudo para melhorar a performance e, principalmente, o conforto. Estas duas tecnologias são exclusivas no segmento.
No interior, para além da qualidade dos materiais e acabamentos, também a ergonomia e o ambiente foram uma preocupação da marca. Iluminação indirecta, sistema DS Smart Touch de interacção com o infoentretenimento através de um ecrã no pilar central junto dos comandos da caixa, o próprio sistema de infoentretenimento que está mais intuitivo e com uma utilização estilo smartphone e 95% dos materiais reutilizáveis e 85% das peças são recicláveis.
3 Versões
Por falar na performance e conforto, o novo DS 4 terá 3 variantes distintas: o DS 4 normal, o DS 4 Cross e o DS 4 Performance Line.
O primeiro terá um design mais elegante, com um design específico dos pára-choques, apontamentos em cromado, tejadilho em preto para criar contraste da pintura e outros apontamentos. O DS 4 Cross terá uma postura mais robusta, com as protecções dos pára-choques em torno do carro com pintura preto mate, jantes exclusivas, barras no tejadilho e a possibilidade de adicionar o sistema Advanced Traction Control, com modos de tração para vários tipos de condições de piso e auxílio à descida controlada. O DS 4 Performance Line terá um aspecto mais dinâmico com jantes exclusivas em preto, um interior também específico e acabamentos em preto, tanto no interior como no exterior.
Ao nível dos níveis de equipamento, é de esperar o normal da DS, com a possibilidade de escolher vários materias, entre os quais Alcantara e Nappa, decorações em madeira ou metais. Para ajudar ao conforto, os bancos são de alta densidade, o que, em combinação com a suspensão, é um bom prenúncio neste aspecto que muito contribui para a sensação premium.
Estará disponível no quarto trimestre deste ano e parece-nos que é caso para dizer que há um novo benchmark no segmento C.
Segue-nos no Instagram